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Guerra na Ucrânia restringe crescimento do PIB da zona do euro no 1º trimestre

Dados preliminares mostram que a economia do bloco avançou 0,2% entre janeiro e março, resultado menor do que o esperado

Economia|Do R7

euros, moedas, união europeia
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O crescimento econômico da zona do euro foi menor do que o esperado nos primeiros três meses do ano, mostraram dados preliminares nesta sexta-feira (29), conforme a guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, impactou a atividade na região.

O escritório de estatísticas da União Europeia, o Eurostat, disse que o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos — dos 19 países que compartilham o euro cresceu 0,2% em relação ao trimestre anterior, com uma alta de 5% na comparação anual. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento trimestral de 0,3%.

A Comissão Europeia também havia previsto pouco antes da invasão russa que o crescimento seria de 0,3% em relação ao trimestre anterior, de modo que os dados preliminares do Eurostat, se confirmados à frente, sugerem que a guerra e os picos de preços de commodities (matérias-primas com cotação internacional) relacionados ao conflito reduziram o crescimento em 0,1 ponto percentual.

O Eurostat disse que a economia da Itália contraiu 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, o que a tornaria a maior vítima do conflito na zona do euro. Em fevereiro, a Comissão previu que a Itália cresceria 0,3%.


A Alemanha, cujo crescimento no primeiro trimestre havia sido projetado em 0,4% pela Comissão, cresceu apenas 0,2%, disse o Eurostat. Já a França não cresceu, ante uma previsão de expansão de 0,1%.

Inflação

Os dados da Eurostat apontam ainda que a inflação na zona do euro atingiu um novo recorde este mês, em linha com o esperado, em uma leitura desconfortável para os formuladores de políticas do Banco Central Europeu, já preocupados com a possibilidade de o rápido crescimento dos preços se consolidar, criando uma espiral de preços e salários difícil de interromper.


A inflação no bloco monetário de 19 países subiu para 7,5% em abril, ante 7,4% em março, em linha com as expectativas, impulsionada por um aumento persistente nos preços de energia e alimentos.

Embora os custos voláteis de energia tenham tido a maior contribuição, a taxa de inflação de energia na verdade diminuiu em relação a março, enquanto o crescimento dos preços de alimentos, serviços e bens industriais não energéticos acelerou ainda mais, sugerindo que a inflação está se tornando cada vez mais ampla.


Os preços subjacentes, que filtram os preços voláteis de energia e alimentos, também aumentaram, elevando as preocupações do BCE de que a inflação alta pode ser difícil de vencer e que uma luta de quase uma década com o crescimento ultrabaixo dos preços acabou.

A inflação excluindo os preços de alimentos e combustíveis, observada de perto pelo BCE, subiu de 3,2% para 3,9%, enquanto uma medida mais restrita, que também exclui produtos de álcool e tabaco, saltou de 2,9% para 3,5%. Ambos os números ficaram bem acima das expectativas.

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