Inflação do aluguel desacelera, e contratos que vencem em fevereiro seguem livres de reajuste
IGP-M variou 0,07% em janeiro e acumula queda de 3,32% nos últimos 12 meses, informou nesta terça-feira a FGV
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, perdeu ritmo e caiu 0,07% em janeiro, mostram dados revelados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas). Com a variação, o índice acumula queda de 3,32%% nos últimos 12 meses.
O resultado mostra que os contratos atrelados ao indicador com vencimento em fevereiro não sofrerão reajustes.
No mês anterior, em dezembro, o índice apresentou alta de 0,74%. Em janeiro de 2023, o índice teve aumento de 0,21% no mês, acumulando alta de 3,79% nos 12 meses anteriores.
O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.
O inquilino deve estar atento aos indicadores de reajuste que estão no contrato de locação, porque muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos. O indicador encerrou 2023 em 4,62%.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.