Inflação do aluguel volta a subir, mas contratos que vencem em outubro seguem sem reajuste
Variação de 0,37% em setembro interrompe série de deflações do IGP-M, que acumula queda de 5,97% nos últimos 12 meses, diz FGV
Economia|Do R7
O IGP-M (Índice Nacional de Preços — Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, interrompeu a trajetória de cinco meses de queda e subiu 0,37% em setembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Apesar da primeira variação positiva desde março, o IGP-M tem baixa acumulada de 5,97% nos últimos 12 meses. Negativa pelo sexto mês seguido, a taxa mostra que as locações atreladas ao indicador com vencimento em outubro continuarão inalteradas.
O percentual acumulado do índice é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. No entanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente.
A sequência de seis baixas consecutivas do IGP-M acumulado em 12 meses não era observada na economia nacional desde o período encerrado em fevereiro de 2018, quando a taxa ficou no campo negativo por dez meses.
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As recentes variações negativas da inflação do aluguel mantêm a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava oscilação de 37% para as locações que venceriam no mês seguinte.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.