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Inadimplência bate recorde e aflige 64,9 milhões de brasileiros

Número de pessoas com contas em atraso dispara 9,24% em um ano e renova maior valor dos últimos oito anos, dizem SPC e CNDL

Economia|Do R7

Cada inadimplentes deve, em média, R$ 3.694 para cerca de duas empresas
Cada inadimplentes deve, em média, R$ 3.694 para cerca de duas empresas Cada inadimplentes deve, em média, R$ 3.694 para cerca de duas empresas

Quatro em cada dez brasileiros adultos (40%) estavam negativados em outubro de 2022. O valor, o equivalente a 64,87 milhões de pessoas, representa um novo recorde da série histórica do levantamento, realizado há oito anos pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Somente no último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,24% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o indicador que abrange informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal. Na passagem de setembro para outubro, o número de devedores aumentou 1,06%.

No mês passado, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.694,06 na soma de todas as dívidas. Considerando todas as contas atrasadas, cada inadimplente tinha contas pendentes com, em média, para 1,98 empresas credoras.

Quase quatro em cada dez consumidores (34,10%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 48,77% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. Em relação ao aumento do endividamento no Brasil, o indicador mostra que houve crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

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O presidente da CNDL, José César da Costa, avalia que o brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos últimos aumentos das taxas de juros e dos preços dos alimentos. “Apesar da inflação ter diminuído, no dia a dia isso ainda não é sentido nos produtos de consumo básico, que seguem aumentando. Esse cenário impacta diretamente no orçamento familiar”, explica ele.

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De acordo com o estudo, o crescimento anual do volume de inadimplentes se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (30,19%). As contas em atraso seguem bem distribuídas entre os sexos: 50,85% de mulheres e 49,15% de homens.

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, avalia que o volume de brasileiros inadimplentes deve recuar após a garantia do pelo ímpeto do pós-pandemia e por estímulos fiscais. “A expectativa é de que esse cenário de inadimplência se mantenha nos próximos meses. Por isso, o consumidor deve se manter atento aos gastos e utilizar o 13º salário com muita responsabilidade, priorizando o pagamento de dívidas” alerta.

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