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Indústria de materiais de construção reduz pessimismo sobre vendas em agosto

Economia|Do R7

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A perspectiva de curto prazo da indústria de materiais de construção para vendas parou de piorar, mas as estimativas para o setor em 2015 devem ser revisadas para baixo.

Um levantamento da Abramat, associação que representa o setor, mostra que 39 por cento das indústrias esperam que o desempenho de vendas no mês seguinte seja "ruim" ou "muito ruim". Em junho, essa era a previsão de 55 por cento delas.

Para 10 por cento, a previsão é "muito ruim", enquanto outros 29 por cento preveem vendas "ruins". Ainda, 6,5 por cento estão otimistas para agosto, no mesmo patamar previsto para julho, enquanto 55 por cento esperam desempenho regular (ante 35 por cento) e 6 por cento, bom (estável).

"As sondagens de confiança começam a indicar que julho atingiu um ponto mínimo, onde devem permanecer algum tempo, com vendas baixas", disse o presidente da associação, Walter Cover.


Além disso, a base de comparação fraca no segundo semestre de 2014 permite alguma melhora comparativa e a alta recente do dólar deve favorecer a substituição de importações, disse Cover.

Ainda assim, a Abramat deve reduzir a estimativa para as vendas de 2015, atualmente de recuo de 2 por cento. Os dados de julho serão conhecidos no começo de agosto, provavelmente com nova projeção. Em 2014, a queda foi de 4,7 por cento.


"Nós estamos achando que a reversão (da piora nas vendas) que eu mencionei é uma coisa lenta e gradual, mas aparentemente junho e julho foram o piso de queda", disse.

A expectativa de lançamentos, ainda este ano, da terceira fase do programa habitacional Minha Casa Minha Vida e os leilões de concessão de infraestrutura podem melhorar o humor do mercado, segundo Cover.


Os dados mais recentes da Abramat mostram que as vendas de materiais de construção caíram 0,1 por cento em junho na comparação anual, a décima sexta queda consecutiva.

A pesquisa indica que nenhuma empresa de construção civil está otimista com ações do governo para o segmento nos próximos 12 meses. Em junho, 7 por cento delas estavam otimistas.

As pretensões de investimentos ficaram quase estáveis, com 48 por cento indicando aportes em julho, ante 50 por cento em junho. Um ano antes, o percentual era de 51 por cento. Tradicionalmente esse patamar é de cerca de 70 por cento.

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(Por Juliana Schincariol)

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