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Inflação do aluguel recua de novo, e contratos que vencem em junho não sofrerão reajuste

IGP-M cai 4,47% no acumulado dos últimos 12 meses e tem segunda taxa negativa seguida pela primeira vez em cinco anos

Economia|Do R7

Inflação do aluguel está em desaceleração desde 2021
Inflação do aluguel está em desaceleração desde 2021

Os contratos de aluguel com vencimento no mês de junho não terão reajuste, de acordo com dados do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apresentados nesta terça-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

A informação surge após o indicador responsável pelo reajuste da maioria das locações vigentes no Brasil apresentar variação negativa de 1,84% no mês de maio e acumular queda de 4,47% nos últimos 12 meses. Trata-se do menor patamar da história do indicador, apurado desde maio de 1990.

O percentual em questão é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. No entanto, a maior parte dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente.

O resultado corresponde à segunda baixa consecutiva apresentada pelo índice, o que não era visto na economia nacional desde o início de 2018. Os contratos vencidos neste mês de maio também não sofreram reajuste, após a queda anual de 2,17% do IGP-M.


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A recente variação negativa da inflação do aluguel mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava oscilação de 37% para as locações que venceriam no mês seguinte. Em abril do ano passado, o IGP-M subiu 1,41% e o índice acumulado no período anual foi de 14,7%, percentual repassado aos contratos de maio de 2022.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.


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André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que a deflação foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities (matérias-primas), que juntas respondem por aproximadamente um quarto do peso total do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). "Vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,4%)", afirma ele.

A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,65% para -0,64%, no mesmo período. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em maio, após alta de 0,80% no mês anterior.

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