Justiça confirma cancelamento de demissões de montadora em São José dos Campos
Decisão mantém a determinação de reintegração de todos os 839 funcionários da fábrica no interior de São Paulo
Economia|Do R7
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) rejeitou, na noite desta sexta-feira (3), o pedido de liminar da GM (General Motors) para manter a demissão de 839 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP).
A decisão, comemorada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da região, mantém a determinação anterior de reintegração de todos os demitidos da planta na cidade. Os trabalhadores começaram a receber os comunicados das demissões no dia 21 de outubro, por meio de telegramas e emails.
Além dos funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP), também foram desligados trabalhadores das plantas de São Caetano do Sul (300) e Mogi das Cruzes (105). Em todas as decisões, os juízes apontaram que a GM violou os acordos coletivos de layoff, que garantiam estabilidade no emprego.
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Os juízes também fundamentaram a decisão na falta de negociação da empresa com os sindicatos, antes das dispensas. Segundo os metalúrgicos, a GM "descumpriu tese do Supremo Tribunal Federal, em que toda empresa deve proceder negociação coletiva antes de realizar demissão em massa".
Diante das demissões, as linhas de produção estão paradas desde o último dia 23 devido a greves promovidas pelos trabalhadores. "A unidade dos metalúrgicos das três fábricas já fez dessa greve uma das mais importantes da categoria metalúrgica. Juntos, alcançamos a vitória”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves.
Na próxima quarta-feira (8), acontece uma nova audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos tentem chegar a um acordo.