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Lançamentos e vendas de imóveis crescem no 1º trimestre

Novos projetos somaram 26.384 unidades e comercializações saltaram a 34.823 unidades entre janeiro e março de 2021

Economia|Do R7

Vendas no primeiro trimestre saltaram 21%
Vendas no primeiro trimestre saltaram 21%

Apesar da pandemia, os primeiros meses do ano foram positivos para as maiores incorporadoras do Brasil, que registraram expansão dos negócios. Os lançamentos de imóveis no primeiro trimestre de 2021 somaram 26.384 unidades, crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses, os lançamentos totalizaram 128.445 unidades, alta de 10 6%.

Os dados fazem parte de levantamento divulgado nesta quarta-feira (9) pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A pesquisa considera os resultados de 18 empresas associadas, com atuação concentrada na Região Sudeste, principalmente na região metropolitana de São Paulo.

A pesquisa mostrou também que as vendas totais no primeiro trimestre subiram 21%, para 34.823 unidades, e nos últimos 12 meses avançaram 27,1%, para 144.688 unidades. Por sua vez, as vendas líquidas - excluindo os distratos - cresceram 22,3% no primeiro trimestre e subiram 28,3% nos últimos 12 meses.

Para o presidente da Abrainc, Luiz França, o bom ritmo de lançamentos e vendas no primeiro trimestre demonstra que a confiança dos empreendedores permanece inalterada, assim como a demanda dos consumidores pela aquisição da casa própria.


"O ambiente de negócios permanece propício, com grande atratividade para o investimento em imóveis em comparação com as aplicações financeiras tradicionais", disse, citando o juro real negativo (IPCA acima da Selic), que estimula a migração de investimentos em renda fixa para aplicações de maior risco.

França também citou que são favoráveis as perspectivas para quem busca a primeira moradia, por conta das taxas de juros baixas dos financiamentos imobiliários. Outro ponto que tem sido visto desde o começo da pandemia foi a procura por imóveis maiores, já que as pessoas têm passado mais tempo em casa.


"Ninguém esperava que o mercado imobiliário teria o comportamento que teve na pandemia. Foi uma surpresa muito grande para economistas, empresários e investidores", emendou França, referindo-se aos resultados obtidos até aqui.

O presidente da Abrainc lembrou ainda que o setor foi classificado como "serviço essencial", o que permitiu que os canteiros de obras permanecessem abertos, sustentando empregos na construção. Já os estandes tiveram que ser fechados junto com o comércio.


Médio e alto padrão

Os lançamentos de médio e alto padrão subiram 65% na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e igual intervalo de 2020, totalizando 7.386 unidades.

Nesse mesmo período, os lançamentos dentro do Casa Verde e Amarela (CVA, novo nome do Minha Casa Minha Vida) subiram 31%, para 18.837 unidades.

Já no caso das vendas, houve uma baixa de 5% no segmento de médio e alto padrão, para 4.571 unidades, enquanto no CVA o aumento foi de 26%, para 29.613 unidades.

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