O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira para ocuparem cargos na diretoria do BC (Banco Central) a partir de 2024, revelou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (30).
Após aprovação do Senado, Picchetti substituirá Fernanda Guardado na diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos. Teixeira, por sua vez, entrará no lugar de Mauricio Moura na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Os mandatos de Guardado e Moura terminam em 31 de dezembro.
"[O Banco Central é] uma instituição que se fortalece a cada dia, nossa interlocução tem sido aperfeiçoada ao longo do tempo", afirmou Haddad ao anunciar os nomes escolhidos por Lula. "Continuaremos num momento de muita troca de informações, de impressões e conhecimento para o bem do país", completou o ministro.
Próximo a Haddad, Picchetti é doutor em economia pela Universidade de Illinois (Estados Unidos) e atua como professor da FGV (Fundação Getulio Vargas). Ele tem estudos publicados no site do Banco Central que tratam de expectativas de inflação e modelos para medir a evolução de preços.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Teixeira, por sua vez, é doutor em economia pela USP e servidor do Banco Central há 21 anos. Atualmente, é cedido para a Casa Civil da Presidência, com participação em conselhos da Apex Brasil e da Emgea (Empresa Gestora de Ativos). Ele ocupou cargos na prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2015, quando Haddad era prefeito da cidade.
Mesmo com os dois novos nomes, os escolhidos pelo governo ainda serão minoria no colegiado. Neste ano, o presidente já indicou o economista Gabriel Galípolo e o servidor de carreira Ailton de Aquino Santos para comandarem, respectivamente, as diretorias de Política Monetária e Fiscalização da autoridade monetária.
A partir de dezembro de 2024, no entanto, os indicados por Lula serão a maioria nas decisões após o fim dos mandatos do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e dos diretores Carolina de Assis Barros (Administração) e Otávio Damaso (Regulação).