Mercado prevê inflação maior em 2022 pela terceira semana seguida
Elevação da previsão de alta do IPCA para a casa dos 5,82% vem em linha com inflação acima das expectativas em outubro
Economia|Do R7
A inflação acima das expectativas do mercado financeiro em outubro fez os analistas do mercado financeiro elevarem, pela terceira semana consecutiva, as expectativas para o índice oficial de preços ao final de 2022.
A previsão atual é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 5,82%, ante alta prevista de 5,63%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo BC (Banco Central), a partir de estimativas apresentadas pelo mercado financeiro.
Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 5,62% nos 12 meses, finalizados no próximo dezembro. As novas projeções vêm em linha com o fim do ciclo de inflações no campo negativo.
Para novembro, a previsão é de alta dos preços na casa de 0,41%. Já em dezembro, os analistas projetam avanço de 0,65% do índice oficial de preços, alta inferior à prevista há quatro semanas, de 0,7%.
As sequências de 16 previsões de alta menor dos preços, interrompida há duas semanas, seguiram a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.
As expectativas ainda indicam a convergência da inflação oficial para a meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Para 2023, 2024 e 2025, as previsões para o índice oficial de preços permaneceram estáveis em 4,94%, 3,5% e 3%, respectivamente.
Juntamente com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar na chegada de 2023 segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa voltou a subiu e passou para uma queda estimada em 3,92% neste ano, resultado a ser motivado pelo corte de impostos.