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Nem os ovos de Páscoa caseiros escapam dos impostos; veja os produtos com maior tributação

Estudo da Associação Comercial mostra que 38,53% do preço do chocolate vai para o fisco; vinho é a mercadoria com mais encargos

Economia|Johnny Negreiros, do R7*


Ovos de chocolate estão entre 12% e 18% mais caros neste ano
Ovos de chocolate estão entre 12% e 18% mais caros neste ano

A época de Páscoa costuma levar mais consumidores aos supermercados e deixar todo o setor de varejo mais agitado. Como uma das datas festivas mais importantes para o comércio, a alta demanda por alguns produtos, principalmente os alimentos para o almoço do domingo de Páscoa e os chocolates, fez com que ficassem 12% mais caros, em média, neste ano, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas).

Além de questões de mercado, como a inflação mais alta, que teve impacto nos custos das matérias-primas, um dos fatores responsáveis pelo aumento dos preços é a carga tributária que incide sobre esses produtos.

Os impostos correspondem, por exemplo, a 38,53% do preço final do chocolate, como mostra um levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), feito com base na média dos dados do Impostômetro.

Na prática: ao comprar um ovo de Páscoa que custa R$ 40 no mercado, o consumidor está pagando R$ 24,58 efetivamente pelo produto, pois R$ 15,42 do preço correspondem a impostos.

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Com os ovos de Páscoa caseiros, que são uma alternativa para quem quer gastar menos e uma oportunidade de renda extra para microempreendedores, não é diferente. A produção de um ovo de chocolate simples usa, além do ingrediente principal, papel celofane e fitas para a embalagem do produto. Na aquisição desse itens, o consumidor paga, respectivamente, 39,65%, 34,5% e 34% em encargos.

Isso mostra que fugir das prateleiras não é sinônimo de escapar dos altos impostos.

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“Os consumidores que procuram por produtos caseiros pensam em algo diferente do que encontram nas prateleiras dos mercados. Isso reflete numa tendência de ‘gourmetização’ dos ovos que, aliada à alta tributação dos insumos, aumenta o preço final do produto”, afirma o economista da ACSP, Ulisses Gamboa.

O levantamento da entidade mostra que o produto mais tributado nesta época do ano é o vinho importado (59,73%). Na compra de uma garrafa da bebida que custa R$ 100, o brasileiro desembolsa R$ 40,27 referente ao produto, e R$ 59,73 em tributos. Já o vinho nacional tem uma carga de impostos menor, de 44,73%.

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Segundo o economista, a diferença entre os tributos dos dois produtos não é um fator que, necessariamente, estimula a compra dos vinhos nacionais, porque a decisão do consumidor depende dos preços finais de cada tipo de vinho.

Confira a tabela completa de produtos de Páscoa sobre os quais incidem impostos, elaborada pela ACSP, com a porcentagem sobre o preço que corresponde à tributação:

*Estagiário do R7, sob supervisão de Mariana Botta.

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