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Passagens aéreas, ar-condicionado e frutas ficam mais caros e são vilões da inflação

Indicador atingiu maior nível mensal desde fevereiro de 2023 e, nos últimos 12 meses, acumulou alta de 4,5%, teto da meta do governo

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Passagens aéreas têm alta de 23,64% em um ano
Passagens aéreas têm alta de 23,64% em um ano Passagens aéreas têm alta de 23,64% em um ano (Edu Garcia/R7 - 29.04.2023)

A inflação oficial do país voltou a acelerar e ficou em 0,83% em fevereiro. Em um ano, o índice acumula alta de 4,50% — o teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços no acumulado de 12 meses, estão as frutas, passagens aéreas e ar-condicionado.

No grupo frutas, a manga foi o subitem com a maior alta em um ano (59,44%). Outros responsáveis pela aceleração da inflação nesta categoria foram a tangerina (39,77%), o maracujá (37,61%), as laranjas pera e lima (36,67% e 35,64%, respectivamente) e o abacaxi (27,79%).

As passagens aéreas também contribuíram para este cenário, com aumento de 23,64%. Entre janeiro e dezembro de 2023, os bilhetes aéreos puxaram a inflação para cima, com alta de 47,24% no período. Em setembro do ano passado, último dado disponibilizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o preço médio da passagem de avião ficou em R$ 747.

Com as recentes ondas de calor no país, outro vilão do consumidor acabou sendo o ar-condicionado, que registrou alta de 19,48% nos últimos 12 meses. Em novembro do ano passado, o R7 apurou que o preço do item já havia subido três vezes mais do que a inflação da época.

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Segundo o Índice Fipe/Buscapé de Eletroeletrônicos, o valor dos equipamentos de refrigeração teve um aumento de 12,3% em outubro de 2023, na variação anual. A Mondial, líder em ventiladores, por exemplo, aumentou em 56% a produção no ano passado em relação a 2022 e dobrou-a na comparação com 2016.

Reajuste escolar

Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma alta de 0,41 ponto percentual em relação a janeiro, quando variou 0,42%. Esse é o maior patamar para o indicador desde fevereiro do ano passado, quando registrou 0,84%. 

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O resultado deste mês foi influenciado pelo aumento de preços ligados à educação (4,98%). No grupo, a maior contribuição veio dos cursos regulares, com aumento de 6,13%. “Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

Contribuíram para este cenário as altas do ensino médio (8,51%), ensino fundamental (8,24%), pré-escola (8,05%) e creche (6,03%). Curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%) também registraram altas.

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Comida mais cara

Na alimentação no domicílio, a alta foi de 1,12%, com influência dos aumentos de preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%). “Neste caso, houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, afirma Almeida.

Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,49%, acelerando em relação ao mês de janeiro, quando registrou variação de 0,25%. O subitem refeição teve alta de 0,67% em fevereiro.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em fevereiro. Depois da educação, destacam-se as altas de alimentação e bebidas (0,95%) e transportes (0,72%).

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