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Pequenos empreendedores adotam novas medidas na fase vermelha

Pesquisa do Sebrae mostra que, para evitar prejuízos, 45% dos donos de pequenos negócios estão redirecionando estratégias

Economia|Angélica Sales, Do R7

Guilherme, Ana Paula e Victoria, da Casa do Queijo: intensificação do processo de entregas e cooperação com comerciantes vizinhos
Guilherme, Ana Paula e Victoria, da Casa do Queijo: intensificação do processo de entregas e cooperação com comerciantes vizinhos Guilherme, Ana Paula e Victoria, da Casa do Queijo: intensificação do processo de entregas e cooperação com comerciantes vizinhos

Pelo menos 45% dos donos de pequenos negócios do Estado de São Paulo pretendem adotar alguma medida para tentar diminuir os prejuízos com o aumento das restrições em todas as regiões paulistas para conter o avanço da covid-19. É o que mostra uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) que acaba de ser divulgada. Foram ouvidos 1.000 donos de micro e pequenas empresas (MPEs), incluindo microempreendedores individuais (MEIs), entre os dias 5 e 8 de março.

Desde o último dia 6 de março, todo o estado está na fase vermelha do Plano São Paulo, em que só podem funcionar atividades essenciais. Em algumas cidades, as restrições são ainda mais severas. O objetivo das medidas é tentar frear a disseminação da covid-19, que esta semana provocou número recorde de mortes no estado.

Leia também: Empreender é para todos

A pesquisa Os pequenos negócios e o coronavírus – Fase vermelha revela que, entre as iniciativas tomadas pelos empreendedores, estão: intensificar a higiene do ambiente de trabalho (50%), reduzir a mão de obra (40%), reduzir o estoque (29%), suspender as atividades (28%), home office (28%), demitir os funcionários (27%), intensificar ou implementar entregas (25%). Os que ainda não sabem se vão tomar alguma ação são 48% do total; já 7% dizem que não pretendem agir.

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Diálogo com o cliente

A intensificação do processo de entregas foi uma das medidas adotadas pela Casa do Queijo, empório paulistano que comercializa produtos artesanais de São Paulo e Minas Gerais. "Reforçamos o diálogo com o cliente nas redes sociais e contratamos um ajudante especialmente para atender à demanda do delivery neste período", conta Victoria Gallo, gerente do empreendimento.

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Outra iniciativa, segundo Victoria, foi se unir a comerciantes vizinhos e oferecer produtos casados. A novidade estará disponível a partir desta sexta-feira (19) no Instagram do estabelecimento. É também por meio dessa plataforma que a casa divulga as promoções da semana e busca dar atendimento personalizado a seus clientes. "Nessa fase de recolhimento, é fundamental continuar interagindo", diz.

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Vendas online

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Em relação ao e-commerce, a pesquisa do Sebrae aponta que 23% dos empreendedores pretendem intensificar o volume de vendas pela internet. Outros 19% afirmaram que vão iniciar as vendas por esse meio, 39% disseram que não é possível vender pela internet em sua área de atuação e 20% declararam que não estão preparados para vender online.

Para ajudar os donos de pequenos negócios nesse segmento, o Sebrae montou uma maratona de lives e cursos voltados para os negócios online. O evento, que vai até esta sexta (19), é gratuito e pode ser acessado aqui: https://sebrae.contatosebraesp.com.br/juntoscomvoce.

Impacto nas finanças

O levantamento do Sebrae mostrou, ainda, que os efeitos da pandemia continuam a ter impacto nas finanças dos empreendedores. Para 34% deles, está difícil se manter no mercado, enquanto 33% declaram que não sabem o que vai acontecer. Por outro lado, 29% dizem que aprenderam novas formas de atuar na crise.

Leia também: Como fazer para abrir ou manter um negócio na pandemia?

Como soluções imediatas para ajudar os pequenos negócios no atual momento, os empreendedores propõem isenção de alguns impostos por tempo determinado (24%), empréstimos facilitados (19%) e novos pagamentos de auxílio emergencial 13%). De acordo com a pequisa, 57% dos empresários têm dívidas no momento.

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