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Preço da gasolina cai R$ 1,32 em um mês; veja a redução nos estados

A queda de 17,9% no valor do combustível, de R$ 7,39 para R$ 6,07, é efeito da redução de tributos do ICMS nos estados

Economia|Vinicius Primazzi*, do R7

Após limite de cobrança do ICMS pelos estados, preço nas bombas caiu até 17,8%
Após limite de cobrança do ICMS pelos estados, preço nas bombas caiu até 17,8%

O preço médio da gasolina comum caiu R$ 1,32 em um mês nos postos do país. De acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), entre 19 a 25 de junho o valor médio do litro do combustível era de R$ 7,39 e passou para R$ 6,07 na última semana, entre os dias 10 e 16 de julho.

A queda de 17,9% é efeito da redução de tributos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados. Antes da lei aprovada pelo Congresso, cada ente federativo tinha autonomia para determinar a taxa sobre o combustível.

"Como se sabe, a redução do preço da gasolina se deve a uma renúncia fiscal. Os estados abriram mão de parte do ICMS arrecadado com o combustível, e isso diminuiu a distância entre o preço nas refinarias e na bomba ao consumidor", afirma o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Segundo ele, reduções tributárias dessa natureza em um preço relevante como é o da gasolina são difíceis de reverter. "Acredito que, ao longo dos próximos anos, a gente deve conviver com esse preço mais baixo, fruto de uma menor carga de ICMS", avalia.


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Nos últimos dois anos, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis chegou a variar 45%. O aumento foi resultado da política de paridade internacional da Petrobras e dos impactos que a pandemia e a guerra na Ucrânia trouxeram ao mercado de commodities, de acordo com Gonçalves.

"Isso somado ao dólar caro no Brasil fez com que o preço do combustível em reais subisse muito. Se algum desses fatores ceder, teremos mais um elemento a favor da redução do preço nas bombas a longo prazo. No entanto, a resolução do conflito na Ucrânia, o fim definitivo dos efeitos da Covid, em termos, por exemplo, de lockdown na China, ou mesmo a revalorização do real, nenhum desses fatores parece muito provável em curto prazo", diz o economista.


Porém, em mais uma tentativa de abaixar o preço dos derivados de petróleo, em ano eleitoral, o governo federal propôs que o ICMS se limitasse a 18% sobre esses produtos.

O projeto foi aprovado em 13 de junho e os governadores passaram a reduzir o imposto a partir de 27 de junho, quando o primeiro deles, Rodrigo Garcia, de São Paulo, anunciou a medida.


Antes, o governo já havia zerado os impostos federais sobre os combustíveis, como o PIS, Cofins e a Cide. A expectativa do Executivo federal é de queda média de R$ 1,55 no preço da gasolina.

Além disso, o governo federal adotou uma medida que obriga os postos a informar os consumidores sobre o preço praticado com e sem impostos, o que, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ajuda os brasileiros a distinguir quais estabelecimentos estão, de fato, adotando a redução dos impostos.

Ainda segundo Sachsida, isso aumenta a competição e a concorrência, o que é benéfico para o setor e para os cidadãos.

Depois de aprovada, os efeitos da nova lei são percebidos nos postos do Brasil. Confira abaixo a lista de quanto caiu o preço médio em cada estado.

Redução da gasolina nos estados

• Acre – R$ 1,34

• Alagoas – R$ 1,28

• Amapá – R$ 1,27

• Amazonas – R$ 0,86

• Bahia – R$ 1,60

• Ceará – R$ 1,32

• Distrito Federal – R$ 1,73

• Espírito Santo – R$ 1,47

• Goiás – R$ 1,65

• Maranhão – R$ 0,76

• Mato Grosso – R$ 1,08

• Mato Grosso do Sul – R$ 1,53

• Minas Gerais – R$ 1,72

• Pará – R$ 1,36

• Paraíba – R$ 1,24

• Paraná – R$ 1,55

• Pernambuco – R$ 0,89

• Piauí – R$ 1,05

• Rio de Janeiro – R$ 1,74

• Rio Grande do Norte – R$ 1,30

• Rio Grande do Sul – R$ 1,10

• Rondônia – R$ 1,46

• Roraima – R$ 0,90

• Santa Catarina – R$ 1,33

• São Paulo – R$ 1,08

• Sergipe – R$ 1,23

• Tocantins – R$ 1,26

Fonte: ANP

* Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Lúcia Vinhas

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