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Presidente do BC diz que frustração com reformas pode elevar inflação

Ilan Goldfajn afirma que os preços estão sob controle no Brasil

Economia|Do R7

Goldfajn vê redução no ritmo de corte dos juros
Goldfajn vê redução no ritmo de corte dos juros

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a afirmar neste sábado (14), durante evento em Washington, nos Estados Unidos, que a frustração de expectativas com reformas no Brasil pode elevar a inflação no horizonte relevante.

A fala de Ilan já constou em comunicados mais recentes apresentados pelo BC, que segue citando o andamento das reformas como um risco em seu cenário.

Goldfajn também voltou a citar as medidas adotadas no âmbito da Agenda BC+, de reformas estruturais. Entre elas, o "novo código punitivo e as ferramentas de acordo", numa clara referência à Medida Provisória 784, que está em tramitação no Congresso.

A MP, no entanto, sofreu um revés na última semana e não foi votada no plenário da Câmara. Agora, em função do prazo (até dia 19 para aprovação na Câmara e no Senado), tende a caducar.


No Banco Central, no entanto, o novo marco punitivo segue sendo visto como essencial para modernizar o sistema financeiro brasileiro.

No evento deste sábado, Goldfajn também destacou reformas levadas a cabo pelo governo, como o estabelecimento do teto de gastos, a reforma trabalhista, a reforma educacional, as mudanças no setor de óleo e gás, os anúncios de privatização e a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo) — a nova referência para operações do BNDES.


— A continuidade das reformas será relevante para o futuro da economia brasileira.

Segundo ele, para o processo de queda de juros continuar, é necessário um esforço para reduzir a taxa estrutural da economia — aquela em que há crescimento sem gerar inflação. Goldfajn também voltou a destacar que a taxa de juros real (descontada a inflação), perto de 3%, está baixa e tende a estimular a economia.


Além disso, repetiu a ideia de que o Copom (Comitê de Política Monetária) vê como apropriado reduzir o ritmo de cortes da Selic (a taxa básica de juros) no próximo encontro, no fim deste mês.

Para Goldfajn, as projeções indicam que inflação está sob controle. E apesar da volatilidade enfrentada pelo Brasil desde o ano passado, a situação econômica melhorou.

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