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Privatização permitirá queda de tarifas, diz presidente da Eletrobras

Ferreira disse que companhia deve entregar obras até final deste ano

Economia|Do R7

Parte dos recursos serão destinados ao fundo setorial CDE
Parte dos recursos serão destinados ao fundo setorial CDE Parte dos recursos serão destinados ao fundo setorial CDE

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse nesta quarta-feira (18) que a privatização da estatal elétrica vai permitir a redução das tarifas de energia no futuro.

— (A operação) estabelece recurso para diminuir as tarifas dos consumidores para frente.

Ele se referiu ao fato de que parte dos recursos arrecadados com a planejada oferta de ações serão direcionados ao fundo setorial CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que é formado a partir de encargo na conta de luz.

— Será a primeira vez que essa conta receberá um aporte. 

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O presidente da Eletrobras afirmou também que a companhia deve entregar suas principais obras no segmento de geração até o final do ano que vem. O executivo destacou a conclusão da termelétrica Mauá 3, já ocorrida, e a entrada em operação de toda a energia assegurada de Belo Monte, de cerca de 4,5 mil MW, em dezembro deste ano.

Citou ainda que a primeira turbina da hidrelétrica São Manoel deve iniciar operação em fevereiro, enquanto no segundo semestre haverá a entrega das primeiras máquinas da hidrelétrica Sinop.

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A conclusão de investimentos já comprometidos é uma das frentes do plano estratégico da Eletrobras para melhorar sua situação financeira.

Distribuidoras

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As condições da privatização das distribuidoras hoje operadas pela Eletrobras devem ser conhecidas nos próximos dias, indicou Ferreira Junior, a jornalistas. De acordo com ele, a avaliação dos ativos e a modelagem de venda, elaborados por empresas contratadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do processo, já foram submetidas ao PPI (Programa de Parceria de Investimentos), que deve analisar os trabalhos e deliberar sobre a questão.

Durante o evento, o executivo comentou que a companhia estava trabalhando para abrir a sala de informações (data room) sobre as empresas em breve. Ele reforçou, porém, que a efetiva venda das distribuidoras que operam no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia, Roraima, ficará para o início do ano que vem, entre fevereiro e março.

Conforme Ferreira Junior, a venda das distribuidoras, que são deficitárias, deve permitir uma melhora da geração de caixa da estatal, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), da ordem de R$ 1,1 bilhão. "Com a venda das distribuidoras, vamos parar de perder R$ 1,1 bilhão em Ebitda", comentou.

SPEs

A venda das distribuidoras de energia hoje operadas pela Eletrobras e das 77 participações em SPEs (Sociedades de Propósito Específico) deve permitir que a estatal elétrica reduza sua alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, para um patamar abaixo de 3, ante as atuais 4,7 vezes, disse Ferreira Junior.

— Ao final da reestruturação, estaremos com níveis saudáveis de alavancagem.

Ele lembrou que empresas de energia são tipicamente alavancadas, mas considerou que o "espaço ideal de alavancagem" é de entre 2 5 e três vezes dívida líquida/Ebitda.

Ferreira Junior disse anteriormente que a venda das SPEs deve ocorrer ao longo dos próximos meses, antes mesmo do leilão das distribuidoras.

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