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Rombo nas contas externas brasileiras volta a bater recorde em janeiro

BC mostra que contas externas fecharam mês de janeiro com resultado negativo de R$ 27,47 bilhões

Economia|Da Agência Brasil

No acumulado de 12 meses, o déficit das contas externas soma R$ 193,39 bilhões
No acumulado de 12 meses, o déficit das contas externas soma R$ 193,39 bilhões

O déficit da balança comercial em janeiro fez o rombo das contas externas iniciar o ano com novo recorde. Segundo números divulgados há pouco pelo BC (Banco Central), as contas externas encerraram o mês passado com resultado negativo de R$ 27,47 bilhões (US$ 11,591 bilhões), alta de 2,1% em relação a janeiro do ano passado e o maior valor mensal da história.

No acumulado de 12 meses, o déficit das contas externas soma R$ 193,39 bilhões (US$ 81,6 bilhões), equivalentes a 3,67% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma das riquezas produzidas no país. O número representa crescimento em relação a dezembro, quando o déficit acumulado em 2013 havia totalizado R$ 192,91 bilhões (US$ 81,4 bilhões), 3,66% do PIB.

As contas externas representam o grau de vulnerabilidade do país a choques e crises internacionais. Com resultados negativos, o país depende do capital financeiro – investimentos de estrangeiros na bolsa de valores e em títulos públicos – e do investimento estrangeiro direto — multinacionais que iniciam ou ampliam atividade produtiva e geram empregos no Brasil — para sustentar as reservas internacionais, hoje em torno de R$ 888,75 (US$ 375 bilhões).

Também chamadas de transações correntes, as contas externas são compostas pelo saldo da balança comercial (diferença entre exportações e importações de bens) e do balanço de serviços (diferença entre exportações e importações de serviços). O indicador inclui ainda a conta de rendas (remessas de lucros e o pagamento de juros para o exterior) e as transferências unilaterais (remessas de emigrantes para parentes no país e doações internacionais).


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De acordo com o BC, o principal motivo para o crescimento do rombo nas contas externas foi o déficit recorde de R$ 9,61 bilhões (US$ 4,058 bilhões) na balança comercial em janeiro, o pior resultado para um mês desde 1994. Tradicionalmente, o Brasil registra resultados negativos no balanço de serviços e na conta de rendas.

As reservas internacionais, que representam uma espécie de seguro para impedir a desvalorização do real, só não caíram no mês passado porque a conta financeira, que registra os investimentos estrangeiros diretos e as aplicações financeiras de estrangeiros no país, cobriu o rombo recorde nas transações correntes. Em janeiro, a conta financeira registrou ingresso líquido de R$ 40,47 bilhões (US$ 14,070 bilhões). Desse total, R$ 14,17 bilhões (US$ 5,098 bilhões) correspondem à entrada de investimentos estrangeiros diretos no mês passado.


Apesar do rombo recorde em janeiro, o Banco Central projeta redução no déficit das contas externas neste ano. Segundo a autoridade monetária, as transações correntes deverão encerrar 2014 com resultado negativo de R$ 184,86 bilhões (US$ 78 bilhões), contra R$ 192,9 bilhões (US$ 81,4 bilhões) registrados no ano passado. Em relação à balança comercial, o BC prevê recuperação nos próximos meses e estima superávit de R$ 23,7 bilhões (US$ 10 bilhões) em 2014, contra saldo positivo de R$ 5,92 bilhões (US$ 2,5 bilhões) observado em 2013.

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