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Salário mínimo e aposentadorias terão ao menos 6% de aumento em 2023 

O reajuste leva em consideração a projeção deste ano para o INPC, mas poderá ser acrescentado ainda um ganho real

Economia|Do R7

© José Cruz/Agência Brasil
Economia
Dinheiro, Real Moeda brasileira
Publicado em 17/01/2022 06:08
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Local: Brasília-DF
© José Cruz/Agência Brasil Economia Dinheiro, Real Moeda brasileira Publicado em 17/01/2022 06:08 Foto: José Cruz/Agência Brasil Local: Brasília-DF © José Cruz/Agência Brasil Economia Dinheiro, Real Moeda brasileira Publicado em 17/01/2022 06:08 Foto: José Cruz/Agência Brasil Local: Brasília-DF

O governo prevê reajuste de 6% para o salário mínimo de 2023, que passará dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.284, um aumento de R$ 72, de acordo com projeções do Boletim Macrofiscal, publicado nesta quinta-feira (17) pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia. O aumento do mínimo afeta aposentadorias, abono salarial e benefícios sociais.

O reajuste leva em consideração o aumento deste ano do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador da inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, usado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias. O índice deverá encerrar este ano com variação de 6%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,54 ponto percentual em relação ao boletim anterior.

Mas a expectativa é que seja acrescentado ainda um ganho real, acima da inflação, de 1,4%, como foi prometido durante campanha eleitoral. O valor chegaria a R$ 1.302, o mesmo previsto no projeto da Ploa (Lei Orçamentária Anual) de 2023 que o governo enviou ao Congresso Nacional e que deverá ser votado em dezembro.

Veja os últimos reajustes do salário mínimo

2022 – R$ 1.212,00 (10,04%)

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2021 – R$ 1.100,00 (5,2%)

2020 – R$ 1.045,00 (4,7%)

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2019 – R$ 998,00 (4,6%)

2018 – R$ 954,00 (1,8%)

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2017 – R$ 937,00 (6,48%)

2016 – R$ 880,00 (11,6%)

PEC do estouro

A discussão do aumento do piso também faz parte da PEC da Transição, agora chamada de PEC do estouro, que visa abrir espaço no Orçamento de 2023 para a manutenção de programas de transferência de renda, além do gasto maior para aumento real do salário mínimo. 

A previsão é que a PEC seja votada na CCJ e no plenário do Senado até o fim de novembro. 

A Constituição determina que a remuneração mínima paga aos trabalhadores deve garantir a manutenção do poder de compra das famílias. O repasse de apenas o INPC no cálculo do novo valor do piso nacional não repõe as perdas decorrentes da inflação, principalmente para a população mais carente.

Entre 2015 e 2019, o salário mínimo foi calculado, por lei, com base na expectativa para o INPC do ano e a taxa de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — de dois anos antes. A determinação buscava garantir uma reposição real da renda dos profissionais remunerados com o mínimo.

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Desde 2020, o piso salarial passou a ser corrigido apenas pelo INPC, a fim de preservação do poder de compra do mínimo. A decisão, no entanto, não traz ganho real à remuneração dos profissionais. Estimativas do governo apontavam que cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas públicas em R$ 351,1 milhões.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário, baseado no custo da cesta básica. Em outubro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.458,86, ou 5,33 vezes o mínimo atual de R$ 1.212,00.

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