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Setor de serviços recua 1,2% em outubro e tem 2ª queda seguida

Segmento figura em patamar 2,1% acima do pré-pandemia, mas segue 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014

Economia|Do R7

Serviços prestados às famílias foi o único que cresceu
Serviços prestados às famílias foi o único que cresceu

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, começou o último trimestre de 2021 com queda de 1,2% em outubro, na comparação com setembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) apresentaram bom desempenho entre abril e agosto, quando engataram cinco altas mensais consecutivas. A sequência, no entanto, foi interrompida pela queda de 0,6% apurada em setembro.

Com o resultado de outubro, o setor ainda ficou 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.

Para Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, a perda registrada pelo segmento no mês de outubro não elimina o ganho de 6,2% observado no período abril-agosto, mas reduz o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia. "Em agosto, o setor estava 4,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, passando para 3,3% em setembro e 2,1% agora em outubro”, destaca ele.


Com relação a outubro de 2020, o setor de serviços avançou 7,5%, com crescimento em quatro das cinco atividades. Já no acumulando do ano, o setor apresenta alta de 11%, com crescimento de todos os setores.

Atividades

Em outubro, quatro das cinco atividades do setor de serviços recuaram na comparação com setembro, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%), que apresentaram a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 2,5%.


“O segmento que mostrou o principal impacto negativo foi o de telecomunicações. Essa queda é explicada pelo reajuste nas tarifas de telefonia fixa, que avançaram 7,33% nesse mês. Essa pressão vinda dos preços acabou impactando o indicador de volume do subsetor”, explica Lobo.

Mais uma atividade que puxou o índice para baixo foi a de outros serviços, com queda de 6,7%, também a segunda consecutiva, acumulando perda de 12,7% no período. Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 2,7% entre setembro e outubro, emplacando o sétimo resultado positivo consecutivo e acumulando 57,3% de crescimento no período.


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“Essa foi a atividade que mais sofreu nos meses agudos da pandemia, pois contempla os serviços de caráter presencial. Pouco a pouco, com o avanço da vacinação e o aumento da mobilidade das pessoas, os serviços de alojamento e alimentação foram crescendo, mas, ainda assim, é o setor que se encontra mais distante do patamar pré-pandemia, estando 13,6% abaixo do patamar de fevereiro de 2020”, indica Lobo.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, cresceu 1% em outubro, a sexta taxa positiva consecutiva. No período, o ramo acumula ganho de 51,2%. Apesar da sequência, o segmento ainda se encontra 19,5% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado. “Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, observa o pesquisador.

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