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Sob risco de racionamento de energia, consumo bate recorde

Segundo dados da Empresa de Pesquisas Energéticas, gastos de brasileiros em setembro de 2021 foram os maiores já apurados 

Economia|Do R7

Residências gastaram 3% mais em um ano
Residências gastaram 3% mais em um ano

Se a ameaça de racionamento de energia deveria servir para frear o consumo de eletricidade no país, aconteceu o contrário.

Segundo dados divulgados na sexta-feira (29) pela EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas), órgão ligado ao governo federal, o consumo geral em setembro de 2021, de 41.636 GWh (gigawatts-hora), foi o maior para o mês desde que essa conta começou a ser feita, em 2004.

Em relação a setembro de 2020, a taxa mensal subiu 3,4%.

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Todas as categorias acompanhadas foram além de 2020 nos gastos. O comércio, com a retomada do consumo presencial na maior parte do país, avançou 9,2% em um ano (7.278 GWh) e puxou a expansão, seguido pelas residências (3% a mais).


De acordo com a EPE, a alta no setor de serviços, do qual o comércio faz parte, tem algumas razões. "O ritmo acelerado da vacinação no país e o aumento da mobilidade urbana influenciaram na melhora do setor de serviços, principalmente nos prestados às famílias. O clima mais seco e temperaturas mais elevadas para setembro também influenciaram."

Nas residências, o uso de energia cresceu após dois meses seguidos de retração. As temperaturas acima da média e o lima seco em muitos estados explicam em parte o resultado, com o estímulo para que os brasileiros ligassem o ar-condicionado.


Não à toa, estão nas regiões mais quentes as taxas superiores de elevação. No Centro-Oeste subiu 7,8%, no Norte, 5,2% e no Nordeste, 4,%). No Sudeste, houve acréscimo de 3,9% e no Sul do país, dos locais mais frios do Brasil, ocorreu uma queda de 4,8%. 

As indústrias também gastaram mais, 14.883 GWh, 1,6% acima do verificado no mesmo período de 2020. É o maior volume para setembro desde 2014. A região Sudeste, que concentra boa parte das empresas, teve 4,6% de aumento no consumo.


Sete dos dez setores que usam mais eletricidade elevaram seus gastos de eletricidade, com destaque para a metalurgia (136 GWh de acréscimo).

O consumo geral acumulado em 12 meses totalizou 498.641 GWh, expansão de 5,5% em relação ao mesmo período anterior.

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