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Tesouro libera mais R$ 300 milhões para realização do Censo em 2022

Ampliação eleva verba prevista para R$ 2,3 bilhões, valor R$ 700 milhões abaixo do demandado pelo IBGE para a pesquisa

Economia|Do R7

Censo foi adiado devido a pandemia
Censo foi adiado devido a pandemia

A Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento autorizou emenda ao projeto Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2022 que amplia em quase R$ 300 milhões os recursos destinados ao Censo Demográfico, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas nesta sexta-feira (15).

Segundo o IBGE, em ofício enviado à AGU (Advocacia Geral da União), a secretaria do Tesouro informa que "é possível" a ampliação do orçamento do censo, conforme previsto em comunicado feito ao STF (Supremo Tribunal Federal). Os recursos complementares, cerca de R$ 300 milhõe, sairão do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), supervisionado pelo Ministério da Economia.

O Censo, que é uma espécie de fotografia detalhada da sociedade brasileira, não foi realizado no ano passado e nem neste ano por conta da pandemia de Covid-19. O último censo data de 2010, e o normal é que a pesquisa seja realizada a cada dez anos.

O IBGE demandava mais de R$ 3 bilhões para o censo, mas o governo previu apenas R$ 2 bilhões em seu projeto orçamentário original, que ainda precisará ser aprovada pelo Congresso, agora com a emenda que prevê o recurso adicional.


Dione de Oliveira, representante da associação de funcionários do IBGE, diz que a verba de R$ 2,3 bilhões para o Censo ainda está desatualizada e pode ser insuficiente para uma boa pesquisa.

“Ainda assim deixa em risco o censo, porque somente 2 bilhões foram designados para pagar os trabalhadores temporários do censo. Ou seja, R$ 2 bilhões ou R$ 2,3 bilhões é um Censo rebaixado. Ele pode ir a campo e não ser concluído", disse ela. "Pode ser um censo inconcluso e mal feito".

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