Governo e universidades devem investir mais em inovação, dizem acadêmicos
Espanha, Portugal e América Latina são menos competitivos na comparação com outros países
Educação|Do R7
Cerca de 11 mil universitários da Espanha, Portugal e América Latina, participantes da pesquisa sobre “Universidades criativas e inovadoras”, realizada pelo Universia avaliam como média e baixa a prioridade que seus países dão à inovação tecnológica e também a contribuição das universidades, governos e empresas à capacidade de inovação em seus países.
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Espanha, Portugal e os países da América Latina são menos competitivos na comparação com outros países, onde fica claro que a pesquisa, a inovação, a transferência de resultados, o desenvolvimento, a aposta no empreendedorismo, a cultura inovadora e a cultura empreendedora são uma prioridade, avalia Federico Gutiérrez-Solana, presidente da Secretaria Técnica do Comitê Acadêmico do Universia.
— Essa aposta pode ser observada a partir de uma perspectiva de planejamento global, onde as universidades podem ser a força motriz, mas na qual todos têm que desempenhar seu papel com base em um trabalho coordenado.
Ele acrescenta que “a sociedade necessita do conhecimento para ser o mais independente possível. Por isso, os países ibero-americanos precisam potencializar essa criação nas universidades. Para tal, é necessário o investimento adequado para apostar no conhecimento e posicionar a região da melhor forma frente a outros países”.
Nesse sentido, docentes, pesquisadores e profissionais da administração e serviços participantes da pesquisa concordam em ressaltar a dificuldade atual dos processos para obtenção de recursos para a pesquisa, tanto de origem nacional como internacional.
Os participantes da pesquisa avaliam com nota 9, de um máximo de 10, que uma maior alocação de recursos públicos para a pesquisa universitária traria uma melhoria substancial em sua qualidade.
Por outro lado, a maioria dos participantes da pesquisa acredita que suas universidades atribuem prioridade mais elevada ao ensino do que à pesquisa. Mais de 80% dos estudantes, professores e pesquisadores e administradores demonstram sua confiança no potencial transformador da universidade no tocante à aquisição de uma cultura empreendedora por parte dos estudantes.