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Educação

'Inaceitável': Lula ligou de NY para cobrar ministro da Educação sobre ato obsceno de estudantes

Camilo Santana reclamou da demora da universidade para expulsar os alunos que simularam masturbação em jogos em abril

Educação|Beatriz Kawai, do R7*

O ministro da Educação, Camilo Santana, em congresso em SP
O ministro da Educação, Camilo Santana, em congresso em SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou de Nova York, onde participa da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), para o ministro da Educação, Camilo Santana, preocupado com a repercussão do caso dos alunos de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) que realizaram masturbação coletiva durante um torneio universitário de vôlei feminino em São Carlos, no interior de São Paulo.

"Não só repudiamos, como é um fato inaceitável. Por que não expulsou antes? Isso aconteceu em abril. Apesar de ser uma universidade privada, quem regula as instituições é o ministério. Acionei o setor jurídico para saber quais são as medidas que o ministério poderia tomar e depois agir de forma mais efetiva", disse o ministro, no 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, em São Paulo, na manhã desta terça-feira (19).

"Que eles possam responder legalmente. Principalmente o jovem que pretende ser médico", completou Santana.

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Seis estudantes foram expulsos da faculdade, segundo informações divulgadas pela própria instituição de ensino nesta segunda-feira (18).


O vídeo em que os estudantes simulam o ato obsceno viralizou nas redes sociais no último fim de semana. O torneio, no entanto, foi realizado em abril.

De acordo com a faculdade, assim que a diretoria tomou conhecimento, optou pela expulsão dos envolvidos.


"Executaram atos execráveis ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual durante competicão esportiva envolvendo estudantes de medicina da Unisa e de outra universidade realizada na cidade de São Carlos", informou a instituição na nota (veja na íntegra abaixo).

O caso também é investigado pela Polícia Civil, que determinou o registro de um boletim de ocorrência na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São Carlos e enviará requisições às universidades envolvidas e à Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal.

Nas imagens, é possível ver alunos da Unisa na plateia de uma partida de vôlei feminino. Eles abaixaram as calças e simularam uma masturbação coletiva em um jogo contra a Universidade São Camilo. Em nota, a São Camilo confirmou o episódio e repudiou os atos praticados na competição esportiva.

O grupo, formado somente por homens, mostra a genitália e, na sequência, faz gestos obscenos voltados para a quadra.

O MEC (Ministério da Educação) notificou a Unisa para prestar esclarecimentos sobre o caso. A universidade informou que está à disposição das autoridades públicas.

Veja a nota da Unisa na íntegra:

"A universidade Santo Amaro Unisa informa que na manhã de hoje, dia 18 de setembro, sua reitoria tomou conhecimento de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos do seu curso de medicina. De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual durante competicão esportiva envolvendo estudantes de medicina da Unisa e de outra universidade realizada na cidade de São Carlos.

Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento. Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.

A Unisa, instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento antagônico à sua história e aos seus valores.

São Paulo, 18 de setembro de 2023.

Prof. Dr. Eloi Francisco Rosa

Reitor"

* Sob supervisão de Vivian Masutti

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