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R7 Brasília

Nos EUA, Lula discursa nesta terça na abertura da Assembleia-Geral da ONU e faz cinco reuniões bilaterais

Presidente deve incluir na fala temas como mudança climática e desigualdade social; Brasil abre a cerimônia desde 1945

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Desigualdade social será um dos temas abordados
Desigualdade social será um dos temas abordados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa nesta terça-feira (19) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. A abertura da cerimônia é feita tradicionalmente pelo Brasil desde 1945. Entre os temas que devem ser incluídos na fala do petista, estão reforma no Conselho de Segurança da ONU, mudança climática e desigualdade social. Em seguida o presidente faz reuniões bilaterais com representantes de cinco países (leia mais abaixo).

Lula tem defendido reiteradamente a reformulação no Conselho de Segurança da ONU, criado com a missão de zelar pela manutenção da paz mundial e que atualmente é composto de 15 membros, cinco deles permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Segundo o petista, o mecanismo deve ser aberto para outros países em desenvolvimento, como o Brasil.

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De acordo com o presidente, os membros permanentes são os que mais estimulam conflitos ao redor do mundo. "O Conselho de Segurança, que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade, é o Conselho de Segurança que faz a guerra sem conversar com ninguém", disse o líder brasileiro em agosto, citando nominalmente Rússia, Estados Unidos e Inglaterra.

"Em 1948, a ONU conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023, ela não consegue fazer cumprir a área reservada aos palestinos. Ela ficou enfraquecida."


Dinheiro para preservar florestas

Outro ponto que deve ser destacado por Lula se refere à mudança do clima. O presidente brasileiro tem argumentado que os países mais ricos do mundo precisam disponibilizar recursos para que as nações emergentes possam preservar as suas florestas.

Segundo o presidente, os países desenvolvidos são os "grandes responsáveis" pela crise climática e "têm uma dívida histórica com o planeta Terra e com a humanidade".


"Os grandes responsáveis pelas emissões de carbono que causaram a crise climática foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial e alimentaram um extrativismo colonial predatório. Eles têm uma dívida histórica com o planeta Terra e com a humanidade. Precisamos valorizar o Acordo de Paris e a Convenção do Clima, em vez de terceirizar as responsabilidades climáticas para o Sul Global", afirmou Lula no mês passado.

Trabalho decente

Neste ano, a assembleia da ONU contará com o anúncio de medida em conjunto do petista com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em torno de uma iniciativa em defesa do trabalho decente. A matéria faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU em 2015.

Entre as ações propostas estão, até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todas as mulheres e homens, inclusive para os jovens e pessoas com deficiência, e a remuneração igual para trabalho de igual valor.

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A reportagem apurou ainda que Lula deve se encontrar com Biden nesta quarta-feira (20). A primeira vez que ambos se reuniram neste ano ocorreu em fevereiro, em Washington. Depois, em agosto, falaram por telefone sobre preservação ambiental e mudanças climáticas. Eles voltaram a se ver no início deste mês, durante evento paralelo à reunião da cúpula do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo e pela União Europeia, na Índia.

Reuniões bilaterais

Também nesta terça, Lula fará cinco reuniões bilaterais. Confira:

• 8h40: secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

• 15h: presidente da República da Áustria, Alexander van der Bellen

• 16h: primeiro-ministro da República Federal da Alemanha, Olaf Scholz

• 17h15: primeiro-ministro do Reino da Noruega, Jonas Gahr Store; e

• 18h: presidente do Estado da Palestina e da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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