Professores da rede pública formam 1.490 detentos em presídios de SP
Participação nas aulas é contabilizada no cumprimento de pena: a cada 12 horas de frequência escolar, é reduzido um dia da condenação
Educação|Do R7

Professores da rede pública têm atuado em um projeto que leva ensino fundamental e médio a presos do estado de São Paulo. A parceria, feita entre a Secretaria Estadual da Educação e a Coremetro (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo), resultou na formação de 1.490 presos só no ano passado.
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Além de propiciar ao preso a esperança de uma vida melhor, a participação nas aulas também é contabilizada no cumprimento da pena: a cada 12 horas de frequência escolar, é reduzido um dia da pena do condenado (de regime fechado ou semiaberto).
Ação é realizada há 7 anos
O sistema de EJA (Educação de Jovens e Adultos) atende a população carcerária da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) desde 2013.
Ao longo de 2019, os CPPs (Centros de Progressão Penitenciária) e os CDPs (Centros de Detenção Provisória) receberam inúmeras atividades.
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Para a direção das unidades prisionais, segundo nota divulgada pelo governo do estado, "o encerramento do ano letivo traz uma grande satisfação e o sentimento de dever cumprido".
Diretores que participam do projeto, segundo a nota, também destacaram a importância da educação como ferramenta tranquilizadora do ambiente prisional, pois propicia ao preso a esperança de uma vida melhor, principalmente quando em liberdade.
Outro objetivo do projeto "escola dentro das unidades prisionais" é atender ao que determina a legislação vigente, garantindo um dos direitos básicos do cidadão: educação.
Para finalizar o ano, foram registradas montagens e apresentações com foco no sistema solar e em energias alternativas, o desenvolvimento de projetos como o “Musicalidade na Escola”, além de peças teatrais para os familiares.
Em Guarulhos, o projeto de 2019 teve como foco o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico, da memória e da concentração, além de facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Na região do ABC, a equipe de professores criou projetos envolvendo química e a prática com materiais físicos não inflamáveis, além de um jogo de xadrez.