Retrospectiva 2020: Weintraub e as polêmicas à frente do MEC
Segundo ministro do governo Bolsonaro deixou a pasta em junho. Após desencontros na escolha, Milton Ribeiro assume o ministério
Educação|Karla Dunder, do R7
Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro. O economista assumiu o MEC (Ministério da Educação) em abril de 2019 e deixou o cargo em junho deste ano.
Sua gestão foi marcada por muitas polêmicas e o embate com as universidades federais. No seu lugar, após desencontros na escolha de um novo nome, assumiu o pastor presbiteriano Milton Ribeiro.
Weintraub assimiu o MEC com a missão de "pacificar" a pasta após a saída de Ricardo Vélez Rodriguez. No entanto, ligado a chamada ala ideológica do governo e seguidor de Olavo de Carvalho, sua gestão foi marcada por muitas polêmicas e o embate direto com as universidades federais.
A última polêmica de Weintraub como ministro da Educação ocorreu após a divulgação do vídeo de uma reunião entre ministros e Bolsonaro no dia 22 de abril, na qual defendeu a prisão “para vagabundos e membros da Suprema Corte.”
"Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF", declarou Weintraub.
O ministro da Educação foi chamado a prestar esclarecimentos no Senado e na Polícia Federal, além do MPF (Ministério Público Federal) que solicitou explicações a Abraham Weintraub, acerca do pronunciamento sobre os povos indígenas e ciganos.
Durante este período de pandemia, Weintraub também foi investigado por racismo, após publicar um tirinha de gibi da Turma da Mônica ridicularizando o sotaque asiático. A postagem gerou indignação da Embaixada da China no Brasil. Após a repercussão negativa, o post foi apagado e o ex-ministro se desculpou.
Substituição
Após a saída do economista do MEC, o governo levou 20 dias para definir o nome do novo ministro da Educação.
O primeiro nome foi o de Carlos Decotelli, que chegou a ser nomeado como ministro da Educação, mas após uma série de falhas apontadas em seu currículo acadêmico, pediu demissão após uma semana.
O empresário Renato Feder foi cogitado por Bolsonaro para assumir a pasta, mas diante das críticas de apoiadores do governo, Feder declinou.
Por fim, o governo chegou ao nome do advogado e pastor Milton Ribeiro.