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Eleições 2022

Campanha de Bolsonaro aciona MP e TSE contra pesquisas eleitorais

Representantes da coligação do presidente alegam que os resultados foram diferentes da escolha dos eleitores

Eleições 2022|Renato Souza, do R7, em Brasília


Presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento do governo
Presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento do governo

A Coligação Pelo Bem do Brasil, que representa o presidente Jair Bolsonaro, ingressou com duas ações contra institutos de pesquisas eleitorais. Uma das representações ocorreu no Ministério Público Eleitoral (MPE) e a outra foi encaminhada ao corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.

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Na peça, os advogados da campanha de Bolsonaro alegaram que os resultados das pesquisas eleitorais foram diferentes da realidade dos votos colocados nas urnas eletrônicas por 120 milhões de brasileiros no último domingo (2).

Os partidos PL, Republicanos e Progressista, que integram a coligação, alegam que pesquisas internas já mostravam o real resultado e que a escolha dos eleitores não surpreendeu a campanha, mesmo que esteja diferente do apresentado nas pesquisas de opinião. Bolsonaro teve 43% dos votos, ante 48% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


No total, o atual presidente recebeu 51 milhões de votos, ante 57 milhões do petista. Alguns institutos apontavam uma diferença de 10 pontos percentuais entre os candidatos, mas na realidade a diferença foi de 5 pontos.

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O documento encaminhado ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral pede abertura de apuração preliminar, convocação dos responsáveis pelos institutos Genial, Ipec, Datafolha, Ipespe, FSB, PoderData, Atlas, MDA e Paraná Pesquisas para prestar esclarecimentos.

Em nota, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, entidade que representa a grande maioria das organizações do setor, afirmou "que as pesquisas de intenção de voto são diagnósticos, e não projeções dos resultados apurados nas urnas", e que as pesquisas "têm papel de apresentar à sociedade um retrato do momento".


"Pesquisa de intenção de voto não se presta a medir o comportamento do eleitor na hora de votar, mas confere a sua tendência por meio da verbalização sobre o que pretende fazer", completa a entidade.

Erros de pesquisas

Os resultados do primeiro turno das eleições, que ocorreram nesse domingo (2), frustraram as previsões das pesquisas feitas pelos principais institutos de levantamento sobre a preferência do eleitorado do país. Na eleição presidencial, por exemplo, Datafolha e Ipec davam menos de 40% dos votos ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontaram a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar sem a necessidade de segundo turno, mas ambos erraram.

Desde agosto, o Ipec fez sete pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto. Considerando os votos válidos, o petista oscilou de 52% para 51%. Levando em conta a margem de erro de 2 pontos percentuais estabelecida pelo instituto, o Ipec se aproximou do resultado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que registrou 48% dos votos para Lula.

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