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Eleições 2022

Com 267 pontos de bloqueio, PRF pede apoio da PF e PM

Segundo o diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo, mais de 200 desobstruções foram realizadas pela corporação 

Eleições 2022|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto ao resultado das eleições
Caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto ao resultado das eleições

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, em coletiva nesta terça-feira (1º), que o país possui 267 pontos de interdições ativos e que, até o momento, realizou mais de 200 desobstruções. Para auxiliar o trabalho, a corporação acionou a Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Militar. 

"Estamos nessa operação sinérgica de forma a restabelecer a ordem o quanto antes para garantir o direito de ir e vir e o escoamento de mercadorias nas rodovias federais", afirmou o diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo de Barros. 

O diretor também informou que, para atuar nas desmobilizações, foram suspensas as folgas e atividades administrativas a fim de deslocar o maior efetivo para locais de maior ponto de retenção. "É uma operação complexa. Demanda uma mobilização de grande efetivo, aparato logístico", disse.

A PRF disse ter montado um gabinete especial para a operação nacional e que há protocolos bem definidos para o tipo de atuação. Manifestantes que estiverem descumprindo a determinação judicial e obstruindo as vias estão sujeitos à autuação. As placas dos veículos estão sendo anotadas e as multas, de acordo com o código de trânsito, podem passar de R$ 5 mil. Já os organizadores podem ser penalizados e precisar pagar mais de R$ 17 mil.


Além das medidas administrativas, baseadas no código de trânsito, multas de R$ 100 mil podem ser aplicadas, como estabeleceu decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. 

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"Toda informação está sendo coletada. Uma das medidas adotadas no protocolo de desobstrução é fotografar todas as placas, identificar lideranças para que, posteriormente, seja informado aos juízes que emitiram os interditos proibitórios e ao TSE", detalhou o diretor de operações, inspetor Djairlon Henrique Moura. 


Decisão judicial

Na noite de segunda-feira (31), Alexandre de Moraes determinou a "imediata desobstrução" de rodovias do país bloqueadas por caminhoneiros. Na decisão, o magistrado também ordena a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em caso de descumprimento.

Antes da decisão, a PRF se manifestou afirmando que os policiais negociam a liberação das vias e atuam em todos os locais de manifestação a fim de "garantir a mobilidade eficiente, a preservação da ordem pública, a segurança viária e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras".


No entanto, houve registro de policiais atuando em apoio aos manifestantes. De acordo com a corporação, os casos já foram identificados e há um procedimento instaurado na corregedoria do órgão.

A PRF acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) com o objetivo de obter, na Justiça Federal, mandados proibindo as interdições. Desde a noite de domingo (30), com o anúncio do resultado final das eleições, caminhoneiros que apoiam Jair Bolsonaro (PL) realizam protesto em todo o país contra o resultado das urnas.

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