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Eleições 2022

Somente Bolsonaro e Lula conseguiram direito de resposta durante debate

Foram sete solicitações: quatro feitas pelo presidente, duas por Luiz Inácio Lula da Silva e uma por Simone Tebet

Eleições 2022|Do R7, em Brasília

Presidenciáveis D'Avila, Lula, Tebet, Bolsonaro, Soraya e Ciro reunidos durante o debate
Presidenciáveis D'Avila, Lula, Tebet, Bolsonaro, Soraya e Ciro reunidos durante o debate

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiram direito de resposta durante o primeiro debate presidencial deste ano, realizado na noite deste domingo (28) em São Paulo. Ao todo, foram feitas sete solicitações: quatro pelo atual chefe do Executivo nacional, duas por Lula e uma por Simone Tebet (MDB), que não teve o direito concedido. 

Do total de pedidos, Lula e Bolsonaro conseguiram apenas um direito de resposta cada um. O petista rebateu o termo "ex-presidiário", usado pelo atual presidente para se referir a ele. Já Bolsonaro se defendeu após menções ao orçamento secreto, à pandemia e ao sigilo de 100 anos.

O confronto político foi promovido por grupo Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S.Paulo e UOL. Também marcaram presença no debate os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Felipe D'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), que não fizeram uso do recurso. 

Jair Bolsonaro durante o debate da TV Bandeirantes
Jair Bolsonaro durante o debate da TV Bandeirantes

No pedido aceito, Bolsonaro teve direito a 45 segundos e falou em resposta ao ex-presidente petista. "É do Lula. 'Ainda bem que a natureza criou esse monstro do coronavírus.' Que moral tu tens para falar de mim, ex-presidiário? Nenhuma moral. 'Sigilo de 100 anos.' Uma lei do tempo da [ex-presidente] Dilma, para questões pessoais do meu cartão de vacina ou quem me visita no [Palácio da] Alvorada. Nada mais além disso. 'Orçamento secreto.' Eu vetei, o Parlamento derrubou o veto. É lei. O seu partido, Lula, votou para derrubar o veto no tocante ao orçamento secreto. Não tenho nada a ver com isso", defendeu.


Ainda dentro do tempo, o presidente falou em resposta à senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB). "E dizer a vocês também que 'a vacina tentou corromper'? Está de brincadeira, nobre senadora. 'Tentou corromper?' Cadê a corrupção, cadê o contrato assinado, cadê a nota? Não tem nada. Só fake news e mentira a meu respeito", argumentou Bolsonaro.

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'Me chamou duas vezes de presidiário'

Lula durante o debate da TV Bandeirantes
Lula durante o debate da TV Bandeirantes

O ex-presidente Lula, no fim do debate, conseguiu o direito de resposta. Nos 45 segundos, o petista dirigiu a fala a críticas feitas por Bolsonaro.


"É apenas para dizer da irresponsabilidade de quem exerce o cargo de presidente da República, que me chamou duas vezes de presidiário. Ele sabe as razões pelas quais eu fui preso. As razões pelas quais eu fui preso foi para ele se eleger presidente da República, porque era preciso tirar o Lula do pedaço. Eu, nesse processo todo, estou muito mais limpo do que ele ou qualquer outro parente dele, porque eu fui julgado, fui considerado inocente pela Suprema Corte, pela primeira instância da ONU, pela segunda instância plena da ONU", afirmou.

O ex-presidente continuou: "Estou aqui candidato para ganhar as eleições e aí, sim, num decreto só, eu vou apagar todos os seus sigilos, porque eu quero descobrir o que...". Nesse instante, o áudio do petista foi silenciado, em razão da extrapolação do tempo.

Logo em seguida, Bolsonaro pediu outro direito de resposta, que foi julgado improcedente.

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