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A uma semana da eleição, Boulos faz campanha com investigado por ligação com PCC

O candidato do PSOL à Prefeitura de SP fez uma carreata na Zona Leste ao lado do vereador Senival Moura, investigado pela Polícia Civil

Eleições 2024|Do R7, em Brasília

Boulos em carreata com Senival Moura na Zona Leste de SP Instagram/@vereadorsenivalmoura - 20.11.2024

A uma semana do segundo turno da eleição municipal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, fez campanha ao lado do vereador Senival Moura (PT), investigado por suposto envolvimento com membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). O vereador é presidente da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara de Vereadores de São Paulo e líder da bancada do PT na Casa. Ele acompanhou Boulos em uma carreata no bairro de Guaianases, na Zona Leste, na manhã deste domingo (20). A região é reduto eleitoral do líder petista.

A reportagem entrou em contato com a campanha de Guilherme Boulos para comentar o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.

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A carreata em Guaianases foi registrada por Senival Moura nas redes sociais. Ele acompanhou Boulos durante todo o percurso, estando no carro principal ao lado do candidato. Ao final do evento, Senival agradeceu à população pela participação, mesmo sob chuva. “Foi uma carreata linda e maravilhosa. Só temos a agradecer, especialmente hoje, com todos debaixo de chuva.”

A ligação de Senival Moura com o crime organizado foi investigada pela Polícia Civil de São Paulo em 2022, quando seu suposto envolvimento em um esquema de corrupção no transporte urbano da capital, conhecido como “máfia dos transportes”, foi apurado. A empresa Transunião, da qual ele é um dos fundadores e que opera na Zona Leste de São Paulo, foi alvo da operação. As investigações indicaram que a Transunião teria sido usada para lavar dinheiro de membros do PCC.


Senival também foi investigado por suposta participação no assassinato de Adauto Soares Jorge, ex-presidente da empresa, morto em 2020. Segundo as investigações, Adauto teria sido executado por não repassar dinheiro a uma facção criminosa.

Na época, a investigação revelou que o próprio Senival teria tido sua morte decretada pelo PCC, mas foi perdoado graças à intervenção de um membro da facção. O acordo com os criminosos estipulou que Senival seria removido da direção da empresa e perderia 13 ônibus que prestavam serviços à Prefeitura de São Paulo. O contrato da Transunião com a prefeitura chega a R$ 100 milhões por ano.

Na época, em uma entrevista à RECORD, Senival se defendeu das acusações, afirmando que não havia lavagem de dinheiro na empresa. Ele também alegou que a nova direção não desejava sua participação no comando da companhia. “Isso é apenas ilação, nunca existiu. Não houve qualquer relação. O que a polícia menciona não é verdade. Estamos fazendo todo o possível para cuidar da empresa”, disse ele.

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