O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse neste sábado (5) que espera que a Justiça “tome as medidas cabíveis” sobre a acusação de Pablo Marçal (PRTB) de que o candidato é usuário de cocaína. Marçal publicou uma foto de um suposto receituário que comprovaria o uso da substância por Boulos, mas o médico que teria assinado o documento morreu em 2022.“A farsa caiu, a farsa foi desmascarada em poucas horas. Agora, o que a gente espera é que a Justiça tome as medidas cabíveis”, disso Boulos em uma caminhada na Avenida Paulista. O presidente Lula e ministros participaram do evento em apoio ao candidato. A votação do 1º turno da Eleição Municipal, que vai eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores acontece neste domingo (6). O 2º turno está marcado para o último domingo de outubro, no dia 27. O documento apresentado por Marçal, nesta sexta-feira (4), está descrito como um receituário, mas, na verdade, é um encaminhamento. Nele, o médico José Roberto de Souza, que morreu em 2022, afirma que Boulos estava com um “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”. Os supostos sintomas também incluíam “confusão mental e episódio de agitação”.Em seguida, o médico passa a descrever o que seria o exame toxicológico de Boulos, apresentado por um acompanhante. “Indica positivo para benzoilmetilecgonina, cocaína,”, diz o documento.O atendimento a Guilherme Boulos teria ocorrido em 2021 na clínica Mais Consulta, em Jabaquara, em São Paulo. Segundo Boulos, o documento foi falsificado. Além do médico não está mais vivo, o candidato do PSOL alega que o dono da clínica é amigo de Pablo Marçal. Durante toda a campanha eleitoral do primeiro turno, Marçal chamou Boulos de “cheirador”, sendo condenado várias vezes pela Justiça Eleitoral. Ele teve de conceder direitos de respostas ao candidato do Psol nas redes sociais.“O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça – eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir.Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral.Não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente e que, agora, ameaça a normalidade destas eleições. Marçal pagará pelos seus crimes.”
