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‘Parceiro’ de Marçal falsificou documento usando dados de médico já morto, diz Boulos

Candidato do PSOL diz que vai pedir a prisão de Marçal por divulgar documento falso para afirmar que Boulos já usou cocaína

Eleições 2024|Rute Moraes, do R7, em Brasília

‘Parceiro’ de Marçal falsificou documento usando dados de médico já morto, diz Boulos Reprodução/Montagem: R7 Brasília

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, negou nesta sexta-feira (4) que o documento publicado pelo também candidato Pablo Marçal (PRTB) que comprovaria o uso de cocaína por parte do político do PSOL seja verdadeiro. Boulos afirmou, também, que o médico que assinou o suposto documento morreu há dois anos. Boulos ainda disse que o dono da clínica em que ele teria supostamente ido buscar atendimento é amigo de Marçal.

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“O parceiro dele falsificou o documento usando o CRM [número de registro do médico] de um médico que faleceu há dois anos para que ninguém possa ser responsabilizado”, disse Boulos, em vídeo divulgado nas redes sociais. “Olha o nível que o cidadão chegou. No dia seguinte ao que ele colocou no documento, tem fotos no meu Instagram de que eu estava na comunidade do Vietnã fazendo distribuição de cesta básica”, concluiu. Boulos disse que vai pedir a prisão de Marçal e do dono da clínica.

O nome do médico que aparece assinando o documento apresentado por Marçal é José Roberto de Souza. Conforme apurou o R7, no sistema do CFM (Conselho Federal de Medicina), Souza aparece como “falecido”. Além disso, o site do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) diz que o registro profissional desse médico está inativo desde 2022.

Entenda

Nesta sexta, Marçal usou as redes sociais para divulgar um suposto receituário que comprovaria que Boulos já teria usado cocaína.


A publicação mostra um suposto documento de um paciente chamado “Guilherme Castro Boulos”, mesmo nome do candidato do PSOL, que teria sido atendido em 19 de janeiro de 2021, às 16h45.

No receituário, o médico diz estar encaminhando Boulos ao psiquiatra, em critério emergencial, por “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”. Os supostos sintomas também incluíam “confusão mental e episódio de agitação”.


Em seguida, o médico passa a descrever o que seria o exame toxicológico de Boulos, apresentado por um acompanhante. “Indica positivo para benzoilmetilecgonina, cocaína,”, diz o documento.

Durante toda a campanha eleitoral do primeiro turno, Marçal chamou Boulos de “cheirador”, sendo condenado várias vezes pela Justiça Eleitoral. Ele teve de conceder direitos de respostas ao candidato do Psol nas redes sociais.


O candidato do PRTB prometia que, no último debate eleitoral para o posto, que aconteceu na quinta-feira (3), mostraria provas para fundamentar a acusação contra Boulos.

Nota da campanha de Boulos

“O documento publicado por Pablo Marçal é falso e criminoso e ele responderá e arcará com as consequências em todas as instâncias da Justiça – eleitoral, cível e criminal. Uma atitude inaceitável de quem prova não ter limites em sua capacidade de mentir.

Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral.

Não podemos normalizar esse tipo de método que já colocou em xeque a nossa democracia no passado recente e que, agora, ameaça a normalidade destas eleições. Marçal pagará pelos seus crimes.”

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