Urna eletrônica: entenda como funciona o equipamento no dia da votação
Urnas são ligadas 1h antes do início da votação com emissão de documento que comprova que não há nenhum voto no equipamento
Neste domingo (6), será o primeiro turno das eleições, e os eleitores deverão comparecer ao seu respectivo local de votação, das 8h às 17h (horário de Brasília), para escolher prefeito, vice-prefeito e vereador do seu município. As urnas eletrônicas começam a funcionar uma hora antes do início da votação.
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Segundo informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), antes de abrir a urna eletrônica para receber o voto do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos ligará a máquina a partir das 7h na presença dos mesários e fiscais de partidos políticos. Assim que a máquina for ligada, ela emitirá a chamada “zerésima”, relatório que contém toda a identificação daquela urna: o documento comprova que nela estão registrados todos os candidatos e que não há voto em nenhum deles.
“Durante o processo de votação, ocorre o armazenamento aleatório dos votos. O sistema eletrônico de votação dispõe de operações computacionais sofisticadas e impede a reconstrução da sequência dos votos a partir da dedução das informações, o que garante ainda mais a segurança dos dados. Em resumo, os votos digitados na urna são gravados de forma aleatória, a partir de um algoritmo computacional”, diz o site do tribunal.
Segundo o TSE, com o término da votação às 17h, os dados contidos nos cartões de memória da urna são gravados em uma mídia de resultado (pendrive), que é encaminhada ao local próprio para transmissão até o Tribunal Regional Eleitoral.
“Todos os programas utilizados nas urnas eletrônicas e sistemas correlatos no dia do pleito são desenvolvidos no Tribunal Superior Eleitoral. Existe uma versão única dos programas para as eleições. Isso significa que independentemente do local onde a urna será utilizada (da aldeia indígena à capital) a versão será a mesma e as possibilidades de auditoria para verificar a integridade e autenticidade do equipamento são as mesmas”, explica o TSE.
No dia da eleição, o tribunal garante que nenhum equipamento do sistema eletrônico de votação tem qualquer conexão com a internet, o que impede totalmente o acesso externo de terceiros aos dados gravados ou que transitam pelo sistema.
“Vale ressaltar que os programas inseridos na urna eletrônica antes do dia da votação são todos assinados digitalmente e lacrados. Isso significa que, caso alguém tente alterar os votos, mesmo com a urna desligada, a própria máquina verificará a inconsistência (assinatura digital será inválida) e emitirá um alerta de erro de integridade”, diz o TSE.
Em caso de falha na urna eletrônica, também existem procedimentos de contingência, que são urnas preparadas especialmente para isso e que podem substituir em poucos minutos a urna com falha.
O término da votação é feito pelo presidente da seção eleitoral, utilizando senha própria. Em seguida, ele emite o Boletim de Urna da seção, que corresponde ao relatório impresso em, no mínimo, cinco vias pela urna eletrônica.
O boletim mostra a identificação da seção eleitoral, a identificação da urna, o número de eleitores que compareceram e votaram e o resultado dos votos por candidato e por legenda, além dos votos brancos e nulos. A urna eletrônica contém os registros de todos os eleitores que votam na seção eleitoral. Ou seja, o Boletim de Urna emitido mostra tanto o número de eleitores que votaram naquela seção quanto o número dos que se ausentaram. O boletim traz, ainda, o número de eleitores que apresentaram justificativa naquela seção, entre outras informações registradas.
*Com informações do TSE