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Eleições presidenciais nos EUA 2016

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Ações contra mudança climática não vão parar, apesar de Trump, diz secretário-geral da ONU

Republicano teria dito que EUA devem abandonar acordo global 

Internacional|Do R7

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O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira (15) que as ações contra as mudanças climáticas se tornaram inevitáveis e expressou esperanças de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, desista do plano de abandonar um acordo global que visa diminuir a dependência do mundo dos combustíveis fósseis.

Em uma reunião de quase 200 nações realizada no Marrocos para buscar formas de implementar o acordo de Paris de 2015 para limitar as emissões de gases de efeito estufa, Ban disse que empresas, Estados e cidades dos EUA estavam buscando limitar o aquecimento global.

"O que antes era impensável tornou-se inevitável", disse ele numa coletiva de imprensa do Acordo de Paris, aprovado pelos governos no ano passado, ratificado em tempo recorde e adotado formalmente por mais de 100 nações, incluindo os Estados Unidos.

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O acordo, com o objetivo de eliminar as emissões líquidas de gases de efeito estufa neste século, foi um avanço após mais de duas décadas de negociações, impulsionado pela maior certeza científica de que as emissões causadas pelo homem impulsionam ondas de calor, inundações e aumento do nível do mar.

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Ban disse esperar que o republicano Trump, eleito na semana passada, abandone sua visão de que a mudança climática provocada pelo homem é uma farsa e sua promessa de cancelar o Acordo de Paris.

"Estou certo de que tomará uma decisão rápida e sábia", disse Ban. Ele observou que este ano está rumo a se tornar o ano mais quente desde que os registros começaram no século 19.

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"Espero que ele realmente ouça e compreenda a gravidade e a urgência de lidar com as mudanças climáticas. Como presidente dos Estados Unidos, espero que ele entenda isso, ouça e avalie as observações de sua campanha", disse ele.

Ban disse que empresas como General Mills e Kellogg, Estados como a Califórnia e cidades como Washington, Nashville e Las Vegas estavam trabalhando para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.

Ele disse que a Trump, como uma "pessoa de negócios muito bem sucedida", entenderia que as forças do mercado já estavam agindo para guiar a economia mundial para energias mais limpas, longe dos combustíveis fósseis.

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Um de seus cartões de visitas foi a intenção de construir um muro na fronteira entre México e Estados Unidos, financiado com dinheiro do México, para evitar a entrada de imigrantes, vindos de território mexicano, por meio das perigosas travessias por desertos e vilarejos
Dentro deste tema, ainda há os imigrantes ilegais, que são em torno de 11,1 milhões atualmente nos Estados Unidos. Trump já propôs  bloquear recursos enviados por familiares a tais imigrantes e também expulsá-los do país. Além disso ele falou em proibir a entrada de muçulmanos, para, segundo sua visão, evitar atentados terroristas
Trump já afirmou que é totalmente favorável à liberdade de os americanos comprarem armas para se defenderem. Ele diz que até é favorável ao porte de arma de alunos dentro das escolas. O conceito dele é o de que o estudante precisa ter como se defender caso alguma pessoa com distúrbios, de acordo com o pensamento de Trump, utilize algum tipo de armamento nas dependências escolares
Ele também é radicalmente contrário ao aborto, posição que o manteve popular entre os religiosos do interior americano. Disse inclusive que a mulher que o praticasse deveria ser punida criminalmente
O Partido Republicano é liberal, adepto do livre comércio com outros países. Trump, no entanto, é um isolacionista, favorável a políticas protecionistas para, conforme diz, dar empregos a americanos em primeiro lugar. Países como China e parceiros latino-americanos, entre eles o Brasil, deverão ter barreiras comerciais intensificadas
 Sua proposta de reduzir impostos também o elevou à condição de "nova esperança americana". Ele até admitiu que, como empresário, busca alternativas para pagar o mínimo de imposto possível. Sugeriu até o fim de cobrança de impostos para aqueles que recebem menos de US$ 25 mil por ano (cerca de R$ 75 mil)
Ele quer manter o Plano de Previdência, sem nenhum tipo de privatização, contrariando a doutrina republicana. Mas não quer saber de tanto investimento na educação e muito menos em programas de empréstimos para universitários
O Obamacare, iniciativa do governo de Barack Obama que dá acesso a toda população a planos de saúde, deverá deixar de ser utilizado no governo Trump. O novo presidente já afirmou, em discurso irônico, que suas três palavras básicas são "emprego, emprego, emprego". E, segundo ele, serão os empregos que darão condições de um cidadão pagar por um plano
Na política externa, países como Japão, Arábia Saudita e aliados da Otan deveriam receber menos auxílio financeiro americano. Ele não quer desfazer alianças, mas também diz que elas não podem depender exclusivamente da verba que os Estados Unidos tiram de sua economia para financiar a segurança em outros países Jornal da Record visita uma das mansões onde Donald Trump morou
Fora as propostas peculiares e bastante criticadas, Trump passou a simbolizar uma ameaça às políticas voltadas aos direitos das mulheres, de inclusão social, saúde e para outras minorias como a dos negros, por seu discurso radical, xenofóbico, machista e por apoios recebidos por grupos racistas como a Ku Klux Klan, mesmo que rejeitados pelo então candidato Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

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Durante a campanha, o jornal Washington Post fez uma relação das propostas do polêmico candidato Donald Trump. Com o surpreendente resultado das eleições presidenciais, o excêntrico bilionário mostrou uma força até então escondida pelo deboche e pelo descrédito da maioria dos especialistas. Relembre as principais promessas do futuro presidente dos Estados Unidos, que se mantiveram como base de sua candidatura e conseguiram convencer o eleitorado

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