Acusado de agressão sexual, príncipe Andrew renuncia a títulos

Filho da rainha Elizabeth 2ª abriu mão de cargos honorários militares e em instituições de caridade e ao título de 'alteza'

13/01/2022 - 15h35 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h37)

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth 2ª, que enfrenta um processo civil nos Estados Unidos por agressão sexual, renunciou aos seus cargos honorários à frente de regimentos militares e associações de caridade, informou o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (13).

"O duque de York continuará sem desempenhar nenhuma função pública e se defenderá neste caso na qualidade de cidadão privado", manifestou-se o palácio em um breve comunicado. Ele também deixará de usar o tratamento de "sua alteza real", segundo a mídia britânica.

Um juiz de Nova York recusou na quarta-feira um recurso apresentado pelos advogados do príncipe para que indeferisse a denúncia de agressões sexuais apresentada contra seu cliente por Virginia Guiffre, uma americana que o acusa de ter abusado sexualmente dela em 2001, quando tinha 17 anos.

Guiffre é uma das vítimas de crimes sexuais do gestor financeiro americano Jeffrey Epstein, declarado culpado de pedofilia por um tribunal da Flórida e que se suicidou na prisão em Nova York em agosto de 2019, quando aguardava um novo julgamento por tráfico e abuso de menores.

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A amizade de Andrew, de 61 anos, com o americano, que defendeu em uma polêmica entrevista com a BBC em novembro de 2019, provocou um grande escândalo que o obrigou a se retirar da vida pública.

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O caso de Andrew, considerado o "filho predileto" de Elizabeth 2ª, é um dos muitos escândalos que salpicam a imagem da monarquia britânica com os quais a soberana de 95 anos tem tido que lidar.

Segundo uma fonte ligada ao palácio de Buckingham, os títulos não serão devolvidos a Andrew caso ele seja inocentado no processo, mas voltaram para a tutela da rainha e serão distribuídos a outros membros da família real.

O ano de 2021 se mostrou cheio de desafios para a família real britânica. A realeza passou pela polêmica saída do príncipe Harry e de Meghan Markle das funções reais, pela morte do príncipe Philip, por um escândalo envolvendo uma denúncia de abuso sexual e acusações de racismo. Relembre a seguir os principais acontecimentos que envolveram a realeza neste ano:

O Palácio de Buckingham anunciou em 19 de fevereiro que o príncipe Harry e Meghan Markle deixaram definitivamente suas funções na família real britânica, dizendo à rainha Elizabeth 2ª que não voltariam como membros ativos da monarquia. O casal perdeu suas nomeações militares honorárias e patrocínios reais, que agora são revertidos para a rainha e distribuídos entre outros membros da família

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O príncipe Andrew, o segundo filho da Rainha Elizabeth 2ª, se tornou alvo de um processo por agressão sexual em 9 de agosto. A advogada americana Virginia Giuffre acusou o duque de York de ter abusado dela quando era menor de idade, por meio da rede de tráfico sexual do bilionário Jeffrey Epstein. Em novembro, entretanto, a polícia britânica anunciou que não tomaria nenhum tipo de medida contra o príncipe, mas ele ainda corre o risco de ser processado na Justiça dos EUA

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Thomas Markle, pai da duquesa de Sussex, pediu à filha em uma entrevista que o deixe ver os netos, ao mesmo tempo em que a acusou de se preocupar apenas com dinheiro. A declaração foi feita em 18 de outubro ao canal britânico ITV. Thomas diz que não tem contato com a filha desde que ela se casou com o príncipe Harry, em maio de 2018, e que ainda não conheceu seus netos

FILE PHOTO: Britain's Queen Elizabeth attends the Commonwealth Games baton relay launch, outside Buckingham Palace in London, Britain October 7, 2021. Victoria Jones/Pool via REUTERS/File Photo

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