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África do Sul: número de mortes em onda de violência sobe para 337

Registro de vítimas fatais segue aumentando apesar dos motins e dos saques terem sido controlados pelas autoridades

Internacional|

África do Sul registra aumento no número de mortes relacionadas com a recente onda de violência
África do Sul registra aumento no número de mortes relacionadas com a recente onda de violência África do Sul registra aumento no número de mortes relacionadas com a recente onda de violência

O número de mortos relacionados à onda de motins violentos e saques em massa que abalou a África do Sul recentemente chega a 337 pessoas, conforme informou o governo nesta quinta-feira (22), embora a ordem seja mantida e não houve mais registro de distúrbios.

"Não houve incidentes de desestabilização em nenhuma das duas províncias" de Gauteng e KwaZulu-Natal, as duas regiões afetadas pelos distúrbios, disse a ministra em exercício da Presidência da África do Sul, Khumbudzo Ntshavheni.Das mortes adicionais, que são resultado de ferimentos sofridos durante os distúrbios, 79 ocorreram em Gauteng (província onde estão localizadas Joanesburgo e Pretória) e 258 em KwaZulu-Natal (leste).

"Os órgãos de aplicação da lei estão continuando suas investigações" para garantir que os instigadores dos distúrbios sejam levados à Justiça, afirmou Ntshavheni.

A ministra interina confirmou ontem que quatro pessoas presas por supostamente terem instigado a violência dos últimos dias - identificadas como Bruce Nimmerhoudt, Sibusiso Mavuso, Clarence Tabane e Ngizwe Mchunu - já compareceram perante os tribunais sul-africanos.

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De acordo com Khumbudzo Ntshavheni, um total de 213 processos judiciais por homicídio foram abertos como resultado dos distúrbios no país.

Da mesma forma, o governo e os diversos atores sociais continuam avaliando os danos milionários - que incluem extensos danos em shopping centers, fábricas e armazéns, pequenas empresas e até escolas - e os instrumentos de ajuda econômica aos afetados.

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As operações policiais também continuam para recuperar os bens roubados, que, segundo o governo, serão usados como prova e depois destruídos, algo que tem causado grande polêmica no país.

Esta onda de incidentes violentos começou no último dia 9, inicialmente sob forma de protestos contra a prisão do polêmico ex-presidente Jacob Zuma por desacato judicial ao se recusar repetidamente a testemunhar por corrupção.

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Nos dias seguintes, os distúrbios foram replicados em outras áreas - especialmente em Joanesburgo - e se transformaram em uma cascata de motins e saques em massa sem precedentes para a democracia sul-africana, com multidões destruindo shoppings e lojas, queimando edifícios e veículos e fechando estradas e ruas.

O surto de violência foi, portanto, alimentado por problemas sociais pré-existentes, como extrema desigualdade, desemprego, altos níveis de criminalidade geral no país e má gestão da pandemia da covid-19.

Somente a partir do último dia 14, as autoridades começaram a retomar o controle das áreas afetadas, em grande parte graças ao destacamento de 25 mil soldados para apoiar a polícia.

Segundo o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, os incidentes foram "instigados" e "houve pessoas que planejaram e coordenaram".

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