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Após ataques com mísseis, Assad ainda pode usar armas químicas

Fontes dos EUA acreditam que estoque sírio de armas químicas está espalhado muito além dos três alvos atingidos em bombardeio no sábado (14)

Internacional|Do R7

Armas químicas podem estar escondidas em escolas
Armas químicas podem estar escondidas em escolas Armas químicas podem estar escondidas em escolas

Ataques de mísseis dos EUA, Reino Unido e França contra a Síria mostraram que estes só tiveram um impacto limitado na capacidade do presidente sírio, Bashar al-Assad, de realizar ataques com armas químicas, disseram quatro autoridades dos EUA à Reuters.

A conclusão contrasta a afirmação do presidente norte-americano, Donald Trump, de que os bombardeios que atingiram o coração do programa de armas químicas de Assad — linguagem que deu a entender que a capacidade do regime para realizar novos ataques havia sofrido um golpe devastador.

EUA, França e Reino Unido destruíram três alvos ligados ao programa de armas sírio. O mais importante deles foi o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Barzah, que a inteligência norte-americana concluiu estar envolvido na produção e teste de tecnologia de guerra química e biológica.

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Mas os funcionários dos EUA, que falaram sob condição de anonimato, disseram que a inteligência disponível indicou que se acredita que o estoque sírio de armas químicas está espalhado muito além dos três alvos. Informações de inteligência dos EUA e de aliados indicam que parte dele está armazenado em escolas e edifícios de apartamento de civis, o que uma das autoridades qualificou como "escudos humanos". 

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Falando ao Congresso um dia antes dos ataques, o secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, reconheceu que uma de suas prioridades ao elaborar a operação seria minimizar a perda de vida de civis.

Indagado sobre a asserção de que os bombardeios só tiveram um efeito limitado, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca respondeu que o propósito da operação militar foi punir o governo sírio, reduzir sua capacidade e impedi-lo de realizar novos ataques químicos — "tudo isso minimizando as baixas civis".

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Um porta-voz do Pentágono mencionou à Reuters o alerta feito por Mattis a Assad e suas forças para que "não perpetrem outro ataque com armas químicas pelo qual serão responsabilizados".

A Síria e sua aliada Rússia negam ter usado gás venenoso durante sua ofensiva do dia 7 de abril em Douma, que selou a retomada da cidade que era o último bastião rebelde próximo da capital Damasco. O suposto ataque químico desencadeou a reação dos EUA.

A avaliação também indicou que o programa de armas químicas sírio, embora rudimentar, "é no geral tão bom quanto precisa ser para os propósitos de Assad", segundo outro funcionário dos EUA.

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