Ataques russos danificam cerca de metade da rede elétrica ucraniana
Desde outubro, ofensiva das tropas de Putin tenta minar distribuição de luz no país vizinho, enquanto inverno se aproxima
Internacional|Do R7
Os bombardeios russos danificaram "quase metade" da rede de energia elétrica ucraniana desde outubro e deixaram muitas cidades sem luz, em momento que coincide com a queda das temperaturas.
"Quase a metade de nosso sistema energético ficou fora de serviço", declarou nesta sexta-feira (18) o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Chmygal, em coletiva de imprensa em Kiev junto com o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.
Para enfrentar esta situação, Chmygal pediu "uma ajuda adicional" da União Europeia para "a compra de volumes adicionais de gás".
A Rússia ataca as infraestruturas energéticas da Ucrânia desde outubro, e o Ministério da Defesa russo assegurou que todos os alvos, tanto militares como energéticos, foram destruídos. As últimas investidas foram na quinta-feira (17) e coincidiram com as primeiras nevascas no país.
As autoridades alertaram para dias "difíceis", e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou que mais de 10 milhões de usuários estavam sem eletricidade.
"Assassinato deliberado"
Por sua vez, a Rússia acusou nesta sexta-feira a Ucrânia de cometer um "crime de guerra", depois que vídeos passaram a circular nas redes sociais mostrando supostas execuções de militares russos por soldados ucranianos.
"Ninguém será capaz de apresentar o assassinato deliberado e metódico de mais de dez soldados russos imobilizados [...], com disparos diretos na cabeça, como uma 'trágica exceção'", declarou o Ministério da Defesa russo em nota.
Até o final da tarde, a Ucrânia não havia respondido a essas acusações.
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Kiev afirmou em repetidas ocasiões que o Exército russo cometeu "crimes de guerra" e "atrocidades" durante a ocupação de uma parte da região da capital em março e de algumas regiões de Kharkiv e Kherson, recentemente liberadas.
O encarregado ucraniano para assuntos de direitos humanos no Parlamento, Dmytro Lubynets, disse na quinta-feita que a "magnitude" dos casos de tortura em Kherson é "horrível". A cidade, capital da região homônima, foi reconquistada há uma semana pelas tropas ucranianas, que lançaram uma contraofensiva no final do verão.
"Os russos não só mataram e minaram, também saquearam as nossas cidades", denunciou o alto funcionário da Presidência ucraniana, Kyrylo Tymoshenko.
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