Atentados na Colômbia: quem são os supostos autores dos ataques que mataram 19 pessoas
Suspeitos foram capturados na última quinta (21) e devem ser acusados nos próximos dias
Internacional|Do R7
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Dois homens acusados de envolvimento nos atentados que deixaram 19 mortos e dezenas de feridos na Colômbia foram apresentados à Justiça neste sábado (23), dois dias após terem sido presos em flagrante. Eles são Walter Esteban Yonda Ipía e Carlos Steven Obando, apontados pelo Ministério Público como possíveis responsáveis por transportar dois caminhões carregados de explosivos até as imediações da Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, em Cali, onde a detonação matou seis pessoas e feriu mais de 60.
Segundo a Promotoria, a dupla foi impedida de fugir pela população local e entregue à Polícia Nacional. “Esse procedimento foi autorizado e endossado pelo juiz que presidiu as audiências”, informou o órgão em nota. Um promotor da Direção Especializada contra Organizações Criminosas deve apresentar a acusação formal.
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, atribuiu o ataque à maior dissidência das Farc após o acordo de paz de 2016, conhecida como Estado Maior Central (EMC), comandada por Iván Mordisco. O grupo, entretanto, não reivindicou a autoria. O presidente Gustavo Petro tem comparado Mordisco a Pablo Escobar, morto em 1993, e afirmou que o líder estaria ferido e em fuga pela Amazônia.
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Na sexta-feira (22), o irmão de Mordisco, conhecido como Mono Luis, foi preso em uma área rural perto de Bogotá. Em vídeo divulgado pela polícia, Petro disse que ele “lidera atividades de narcotráfico, finanças ilícitas e logísticas” para o EMC. A prisão ocorreu em uma casa de campo em El Peñón, Cundinamarca. Segundo a polícia, Luis se afastou da zona de mobilidade de Mordisco para “atuar como representante em seus negócios criminosos e em reuniões clandestinas”.
Outro ataque registrado na quinta-feira (21) ocorreu em Amalfi, ao norte de Medellín, e foi atribuído a outra dissidência do EMC, o Estado Maior de Blocos e Frente (EMBF), liderado por um guerrilheiro conhecido como Calarcá. O grupo utilizou fuzis e um drone para atacar um esquadrão da polícia que participava de uma operação de erradicação de drogas. O ataque derrubou um helicóptero e deixou 13 policiais mortos.
Os atentados recentes se somam a uma série de ações violentas ocorridas desde junho. Naquele mês, sete ataques no departamento de Valle del Cauca e 12 no departamento vizinho de Cauca mataram oito pessoas, incluindo dois policiais, e deixaram mais de 40 feridos. Já naquela ocasião, o ministro da Defesa havia responsabilizado Mordisco e oferecido uma recompensa de 300 milhões de pesos colombianos, o equivalente a R$ 406,8 mil, por informações sobre o paradeiro dos envolvidos.
Petro, que assumiu a Presidência em 2022 com a promessa de alcançar uma “Paz Total”, afirmou após os ataques que “o golpe na população de Cali é brutal, é profundo, é de terror”. Ele pediu que “o Estado colombiano e o mundo” classifiquem como organizações terroristas as duas dissidências das Farc e também o Clã do Golfo, maior cartel produtor de cocaína do país.
Perguntas e Respostas
Quem são os suspeitos dos atentados na Colômbia?
Os suspeitos dos atentados que resultaram na morte de 19 pessoas na Colômbia são Walter Esteban Yonda Ipía e Carlos Steven Obando. Eles foram apresentados à Justiça no sábado (23), após serem presos em flagrante na quinta-feira (21).
Qual foi a acusação contra os suspeitos?
O Ministério Público os acusa de transportar caminhões carregados de explosivos até as imediações da Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, em Cali, onde ocorreu uma detonação que matou seis pessoas e feriu mais de 60.
Como os suspeitos foram capturados?
A dupla foi impedida de fugir pela população local e entregue à Polícia Nacional. O procedimento foi autorizado por um juiz que presidiu as audiências.
Quem é o responsável pelos ataques segundo o governo?
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, atribuiu os ataques à dissidência das Farc conhecida como Estado Maior Central (EMC), liderada por Iván Mordisco. No entanto, o grupo não reivindicou a autoria dos atentados.
O que se sabe sobre Iván Mordisco?
O presidente Gustavo Petro comparou Iván Mordisco a Pablo Escobar e afirmou que ele estaria ferido e em fuga pela Amazônia. Além disso, o irmão de Mordisco, conhecido como Mono Luis, foi preso em uma área rural perto de Bogotá, sendo acusado de liderar atividades de narcotráfico e logística para o EMC.
Houve outros ataques relacionados?
Sim, outro ataque ocorreu em Amalfi, ao norte de Medellín, e foi atribuído a outra dissidência do EMC, o Estado Maior de Blocos e Frente (EMBF). Esse ataque utilizou fuzis e um drone, resultando na morte de 13 policiais.
Qual foi a resposta do governo aos recentes atentados?
O presidente Petro, que assumiu a Presidência em 2022 com a promessa de alcançar uma "Paz Total", classificou o ataque em Cali como brutal e pediu que as dissidências das Farc e o Clã do Golfo sejam reconhecidos como organizações terroristas.
Quais foram os eventos violentos anteriores a esses atentados?
Desde junho, houve uma série de ações violentas, incluindo sete ataques no departamento de Valle del Cauca e 12 no departamento de Cauca, que resultaram na morte de oito pessoas, incluindo dois policiais, e mais de 40 feridos. O ministro da Defesa havia responsabilizado Mordisco e oferecido uma recompensa por informações sobre os envolvidos.
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