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Ativistas se manifestam em Jerusalém contra expulsão de família palestina

Internacional|Do R7

Jerusalém, 17 mai (EFE).- Cerca de 500 ativistas palestinos e israelenses se manifestaram nesta sexta-feira em Jerusalém Oriental para exigir que a Suprema Corte de Israel impeça o despejo de uma família palestina de sua casa no bairro de Shej Yarraj. "Viemos pedir aos juízes que não permitam a expulsão dos Shamasne da casa em que vivem há dezenas de anos", disse à Agência Efe Yael Marom, uma das porta-vozes do comitê popular contra os despejos nesse bairro. A manifestação foi convocada três dias antes de a Justiça israelense emitir sua sentença em um recurso apresentado pela família contra sua expulsão, promovida por grupos nacionalistas israelenses que buscam a restituição de imóveis que pertenciam a judeus antes de 1948. "É certo que em Shej Yarraj havia muitas propriedades de judeus antes de 1948, mas, se a restituição desses bens é exigida, também é preciso permitir que os palestinos façam o mesmo com os imóveis que eles perderam na mesma guerra ou depois", explicou Yael. A porta-voz se referia aos imóveis que pertenceram a palestinos transformados em refugiados como consequência das guerras de 1948 e 1967 e que, após serem declarados proprietários "ausentes" por uma lei de 1950, são administrados pela Custódia Geral de Propriedades. "Não pode haver duas justiças, uma para israelenses e outra para palestinos", ressaltou Yael. Sob o atento olhar da Polícia, os manifestantes marcharam hoje pelas ruas do bairro e diante das sedes do consulado britânico e do quarteto de mediadores para o Oriente Médio para exigir a intervenção da comunidade internacional. "Prometeram que seria preservado o 'status quo', por isso, agora que vem o secretário de Estado americano, John Kerry, chegou o momento de a comunidade internacional cumprir sua promessa e impedir a expulsão dessa família", insistiu a ativista. Kerry deve chegar à região na próxima terça-feira, dentro dos esforços dos EUA para reativar as negociações de paz entre israelenses e palestinos. O caso dos Shamasne não é o único em Shej Yarraj. Outras 12 famílias do complexo de Um Harún poderão ser despejadas depois que a Custódia Geral israelense as notificou de que seus contratos de aluguel não serão renovados. EFE elb/pa

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