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Barbados vira república e nomeia Rihanna como heroína nacional

Após 400 anos, país caribenho não está mais sob influência britânica. Elizabeth 2ª deixa oficialmente de ser chefe de Estado

Internacional|Da Ansa

A primeira-ministra Mia Mottley (esquerda) nomeou Rihanna (centro) como 'heroína nacional' de Barbados
A primeira-ministra Mia Mottley (esquerda) nomeou Rihanna (centro) como 'heroína nacional' de Barbados

A ilha de Barbados, no Caribe, tornou-se nesta terça-feira (30) a mais nova república do planeta e rompeu seus laços com o colonialismo britânico.

Independente desde a década de 1960, o país ainda mantinha a rainha Elizabeth 2ª como chefe de Estado.

A cerimônia ocorreu na presença do príncipe Charles e marcou a posse de Sandra Mason, até então governadora-geral de Barbados, como primeira presidente na história da ilha caribenha.

"A República de Barbados zarpou para sua viagem inaugural", declarou Mason em seu discurso de posse, reconhecendo o mundo "complexo, fraturado e turbulento" em que o país precisará navegar.


"Nossa nação precisa sonhar sonhos grandes e lutar para realizá-los", acrescentou. A proclamação da república encerra quatro séculos de submissão ao trono britânico, incluindo mais de 200 anos de escravidão, abolida apenas em 1834.

"Desde os dias mais sombrios de nosso passado e a terrível atrocidade da escravidão, que mancha nossa história para sempre, o povo desta ilha forjou seu caminho com extraordinária firmeza", reconheceu Charles.


A cerimônia também contou com a presença da cidadã mais ilustre do país, a cantora Rihanna, proclamada heroína nacional. "Que você continue brilhando como um diamante e trazendo honra para nossa nação", declarou a primeira-ministra Mia Mottley.

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Com cerca de 280 mil habitantes, Barbados vive sobretudo do turismo, setor duramente afetado pela pandemia de Covid-19 e que depende dos visitantes britânicos.

Ativistas de movimentos negros acreditam que a proclamação da república é um primeiro passo para obter reparações financeiras pelos mais de dois séculos de escravidão, período que moldou as profundas desigualdades vistas no país atualmente.

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