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Bloco pró-democrata vence eleições distritais em Hong Kong com folga

Resultado evidencia forte apoio social aos protestos dos últimos meses. No final das apurações, lado alinhado a Pequim sofreu um duro golpe

Internacional|Da EFE


O bloco pró-democrata conseguiu nesta segunda-feira (25) uma maioria esmagadora nas eleições distritais realizadas ontem, em Hong Kong, com 388 conselheiros de um total de 452, mostrando o forte apoio social aos protestos nos últimos meses nesta cidade chinesa sob administração especial.

No final das apurações, o lado alinhado a Pequim sofreu um duro golpe, com apenas 59 conselheiros, contra os quase 300 que possuía. Enquanto isso, os independentes conquistaram cinco cadeiras nas eleições, com uma participação recorde de 71,2%


Esses números correspondem à recontagem final dos votos em todos os distritos, publicados ao vivo no site "Stand News", embora os resultados finais ainda devam ser validados pela comissão eleitoral.

No entanto, em número de votos, a distância entre os dois partidos não foi tão grande.


Os representantes do movimento pró-democrático obtiveram 1.673.834 votos (57%), enquanto os candidatos oficiais obtiveram 1.206.645 apoio (41%).

De acordo com esses resultados, os pró-democratas agora controlarão os 18 distritos em que Hong Kong está dividida, quando antes todos eram dominados por políticos pró-estabelecimento, alinhados com a China.


A chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, admitiu que os resultados das eleições "mostram uma decepção dos eleitores" com a situação da cidade. Em comunicado, ela disse que o governo respeita o resultado e que "ouvirá humildemente as opiniões das pessoas e refletirá seriamente" sobre os problemas da região.

"O governo fortalecerá a cooperação com os conselheiros para resolver os problemas dos distritos que preocupam as pessoas", disse Lam, sobre os eleitos que tomarão posse no dia 1º de janeiro de 2020.


As eleições foram realizadas em um clima de tranquilidade, sem grandes tumultos. Pela primeira vez na história, as urnas foram vigiadas por agentes de choque, com mais de 30 mil funcionários.

Milhões de manifestantes saíram às ruas em junho para protestar contra um projeto de extradição para a China, anulado meses depois, embora as manifestações logo acrescentaram novas demandas, aumentando a pressão sobre Lam.

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