Boris Johnson cobra mais de R$ 800 por fotos e aperto de mão em evento na Escócia
Ingressos para ver ex-primeiro-ministro britânico em setembro variam entre R$ 380 e R$ 1.500
Internacional|Do R7

O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson está cobrando £ 121 (cerca de R$ 870) por um aperto de mão e uma fotografia com fãs antes de um evento ao vivo chamado “Uma Noite com Boris Johnson”, que acontecerá no dia 2 de setembro em Edimburgo, na Escócia.
Além da taxa para o “meet and greet”, os ingressos para o evento variam entre £ 53,90 e £ 159,90 (entre R$ 380 e R$ 1.500, aproximadamente), com preços mais altos garantindo assentos VIP e acesso a uma sessão de perguntas e respostas. As informações foram divulgadas pelos jornais The Guardian e The Independent.
O site do Usher Hall, local onde será feito o evento, divulga a ação destacando os feitos de Johnson. A página elogia o ex-premiê por liderar o Partido Conservador a “uma vitória eleitoral extraordinária”, superar o impasse político do Brexit e guiar o Reino Unido “nos dias mais sombrios da pandemia”.
O texto também ressalta que, mais recentemente, ele “emergiu como líder global preeminente no esforço de apoiar a Ucrânia contra a invasão russa”, restaurando a soberania britânica sobre fronteiras, economia e legislação.

Possível retorno político
O evento ocorre em meio a especulações sobre um possível retorno de Johnson à política. Segundo o The Guardian, aliados do ex-premiê disseram ao The Telegraph que ele está “entediado” longe de Westminster e acredita ter “negócios inacabados”. Amigos também afirmam que ele está “observando e esperando” o desenrolar da política britânica e do destino do Partido Conservador.
Johnson, que mantém contato com líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, também rejeitou rumores de um pacto com o Reform UK, partido que reúne mais de 200 mil membros.
Recentemente, Johnson interveio em debates sobre a Ucrânia, reagindo às declarações de Trump que chamaram Zelensky de “ditador” e sugeriram erroneamente que o país iniciou a guerra com a Rússia.
Em redes sociais, ele defendeu o líder ucraniano, afirmando que “é claro que a Ucrânia não começou a guerra” e comparando a situação a Pearl Harbor, além de justificar a ausência de eleições em tempos de conflito, como ocorreu no Reino Unido entre 1935 e 1945.
Zelensky, em entrevista ao The Guardian, negou alegações de que Johnson o teria dissuadido de um acordo de paz com a Rússia em 2022, tema sensível diante das intenções de Trump de encerrar o conflito.