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Bulgária vota em tensas eleições legislativas antecipadas

Internacional|Do R7

Após as grandes manifestações deste inverno, os búlgaros começaram a votar neste domingo para renovar seu parlamento em eleições legislativas antecipadas que podem levar a um novo período de instabilidade política.

Os colégios eleitorais abriram suas portas às 01H00 (horário de Brasília) e permanecerão abertos até as 14H00 (horário de Brasília).

O anúncio pela promotoria de Sófia da apreensão de 350 mil cédulas suspeitas em uma gráfica encarregada de preparar todas as cédulas das eleições provocou escândalo no sábado e reacendeu as tensões.

As últimas pesquisas refletiam uma disputa apertada entre o partido conservador GERB, do ex-primeiro-ministro Boiko Borisov que renunciou no dia 20 de fevereiro por pressão popular, e o partido socialista do antigo chefe do governo Serguei Stanichev (PSB, ex-comunistas), com uma leve vantagem para Borisov.


O partido da minoria muçulmana (MDL) e o da extrema direita (Ataka), que ganhou força graças aos distúrbios, devem garantir, segundo as pesquisas, superar o limite de 4%, necessário para ter representação no parlamento.

Seja quem for o vencedor, não deve obter maioria no parlamento e terá dificuldades para formar um governo, já que as possibilidades de coalizão são limitadas.


Com exceção do PSB e do MDL, que governaram juntos de 2005 a 2009, as outras formações descartam qualquer tipo de coalizão.

A campanha eleitoral, longe de responder às expectativas da população, se centrou em um ajuste de contas entre socialistas e conservadores por um escândalo de escutas ilegais.


A decepção da população se traduziu, nas pesquisas, em uma inesperada queda da participação - pouco mais de 50% dos 6,9 milhões de eleitores devem votar - um considerável número de indecisos (em torno de 20%) e uma ascensão da extrema direita (Ataka).

Se após as eleições nenhum governo for formado, o gabinete interino dirigido pelo diplomata Marin Raykov permanecerá no poder até as novas eleições no outono, um cenário esperado por numerosos cientistas políticos em Sófia.

Alguns deles não descartam a possibilidade de uma nova crise social, como a do inverno, em que milhares de búlgaros foram às ruas protestar pelo aumento dos preços das contas de luz, que duplicou em janeiro.

O movimento espontâneo se transformou, sob a influência de múltiplos grupos da sociedade civil, em uma ampla mobilização contra a miséria crônica - a Bulgária é o membro mais pobre da União Europeia -, o desemprego e a corrupção.

Com mais de 120 observadores, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) enviou sua maior missão ao país desde as primeiras eleições livres em 1990, após o final do regime comunista.

ilp/vs/pfe/et/ltl/msv/pc/mv

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