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Chile anuncia plebiscito para nova Constituição em abril de 2020

Após quase um mês de intensos protestos, governo e oposição entraram em um acordo para a paz e a realização de uma nova Constituição 

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Congressistas anunciam regras para uma nova Constituição para o país
Congressistas anunciam regras para uma nova Constituição para o país Congressistas anunciam regras para uma nova Constituição para o país

Durante a madrugada desta sexta-feira (15), congressistas chilenos anunciaram, em uma coletiva de imprensa, as regras e datas para o plebiscito que poderá escrever uma nova Constituição no Chile. O anúncio se dá após quase um mês de intensos protestos, empregos perdidos, prejuízos financeiros incalculáveis e 22 mortos. 

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De acordo com a imprensa local, o plebiscito perguntará primeiro se a população está de acordo com uma nova Constituição para o país, e em seguida, qual modelo deverá ser seguido para essa construção, no qual serão ofertados duas opções.

Protestos deixam 22 mortos no Chile
Protestos deixam 22 mortos no Chile Protestos deixam 22 mortos no Chile

A primeria seria de uma comissão de apenas cidadãos eleitos para essa função, e na segunda opção, essa comissão seria mista com a metade de congressistas e a outra metade de cidadãos. A eleição destes cidadãos ocorrerá em outubro de 2020, durante a mesma eleição regional regular.

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Também ficou estabelecido que para a aprovação dos itens necessitará ao menos dois terços dos integrantes. Essa comissão que fará a nova Constituição será dissolvida ao término da tarefa. Antes de ser promulgada, o texto deverá passar também pelo crivo popular através de um novo plebiscito.

A comissão, que poderá ser de apenas cidadão ou mista com a participação também de congressistas, deverá formular o novo texto em até nove meses prorrogáveis, apenas uma vez, por mais 90 dias.

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A nova Constituição passará a valer imediatamente a partir de sua aprovação. E aqueles cidadãos que atuarem na comissão para a nova Constituição ficarão inelegíveis para cargos públicos por um ano.

Noite histórica

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'Somos responsáveis, efetivamente, por muitas injustiças que os chilenos nos acusam'. Foi o que afirmou o presidente do Senado, Jaime Quintana, ao abrir a coletiva sobre o plebiscito. Ele sinalizou que esta é a "saída pacífica e democrática da crise".

Para o senador, "é uma vitória de toda a cidadania" e se trata de uma solução institucional "cujo objetivo é buscar a paz e a justiça social". Ele ressaltou que o acordo deverá por fim aos protestos massivos e ainda assegurar a proteção dos direitos humanos.

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O acordo entre os congressistas só foi possível após um dia inteiro de intensas conversas entre o congresso do país e os ministros do governo, que os jornais locais chamaram de 'maratona de conversas' entre os partidos.

A Constituição chilena data de 1980, e foi feita durante o governo militar de Augusto Pinochet. Apesar dela ter recebido modificações ao longo dos anos, a herança pesa na visão de muitos cidadãos, principalmente, os que foram às ruas.

Os protestos se iniciaram há 28 dias no Chile após o aumento das tarifas do transporte público. Contudo, mesmo após o governo voltar atrás na decisão, os manifestantes não deixaram as ruas, e a onda de manifestações se espalhou pelo país.

Nos primeiros dias, o governo de Sebatian Piñera decretou estado de sítio e tentou retirar as pessoas das ruas. Mas as manifestações sofreram um processo inverso, à medida que o governo fechava o cerco contra os manifestantes, mais gente comparecia nos protestos.

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