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Coreia do Norte pode ter reiniciado reator nuclear, alerta ONU

Agência de energia atômica encontrou indícios em julho que de uma ampliação proibida do programa armamentista do país

Internacional|

Kim Jong Un propôs em 2019 desmantelar principal instalação nuclear da Coreia do Norte
Kim Jong Un propôs em 2019 desmantelar principal instalação nuclear da Coreia do Norte Kim Jong Un propôs em 2019 desmantelar principal instalação nuclear da Coreia do Norte

A Coreia do Norte parece ter reiniciado o reator nuclear de Yongbyon, afirmou nesta segunda-feira (30) a agência de energia atômica da ONU, ao alertar para um fato "profundamente preocupante" que pode indicar uma expansão do proibido programa armamentista do regime comunista.

"Desde o início de julho há indícios, incluindo a descarga de água de resfriamento, consistentes com o funcionamento do reator", afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em seu relatório anual.

O dirigente norte-coreano, Kim Jong Un, propôs em 2019 desmantelar parte do complexo de Yongbyon, a principal instalação nuclear do país, em sua segunda reunião de cúpula com o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em troca de uma redução das sanções internacionais, mas a oferta foi rejeitada.

Desde dezembro de 2018, o reator parecia inativo, afirma o relatório da AIEA, com data de sexta-feira 27 de agosto.

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Os inspetores da agência da ONU foram expulsos da Coreia do Norte em 2009 e, desde então, precisam monitorar a atividade nuclear norte-coreana a partir do exterior.

A possível operação do reator é mais um sinal recente de que Pyongyang está usando um laboratório radioquímico próximo ao local para separar o plutônio do combustível usado retirado previamente do reator.

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Os dois fatos são "profundamente preocupantes" e as atividades representariam uma "clara violação" das resoluções da ONU, afirmou a AIEA.

Um alto funcionário do Departamento de Estado americano afirmou que Washington estava a par do relatório e está coordenando suas ações com outros países aliados.

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"Este relatório destaca a necessidade urgente de diálogo e diplomacia para que possamos conseguir a completa desnuclearização da península da Coreia", afirmou à AFP esta fonte do Departamento de Estado.

"Nós continuamos buscando o diálogo com a Coreia do Norte para abordar esta atividade relatada e toda a série de questões relacionadas à desnuclearização", completou. 

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Localizado 100 quilômetros ao norte da capital Pyongyang, Yongbyon abriga o primeiro reator nuclear do país e é a única fonte conhecida de plutônio para seu programa armamentista.

Porém, analistas suspeitam que não é a única instalação de enriquecimento de urânio da Coreia do Norte.

Submetida a várias sanções internacionais, a Coreia do Norte suspendeu os testes nucleares e de mísseis em 2018 durante a aproximação diplomática com os Estados Unidos, que está paralisada.

Em janeiro de 2020, o regime comunista anunciou o fim da moratória autoimposta e executou desde então uma série de lançamentos de mísseis de curto alcance. O país não realiza um teste nuclear desde 2017.

sh/slb/qan/dbh/mas/fp

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