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Debate sobre imigração divide secretário-geral da ONU e Trump

António Guterres pediu que migrantes tenham direitos garantidos e tratamento digno, enquanto presidente dos EUA criticou fronteiras abertas

Internacional|Da EFE

Trump criticou a política de fronteiras abertas
Trump criticou a política de fronteiras abertas Trump criticou a política de fronteiras abertas

Durante a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (24), a pauta imigração esteve presente no discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, e no do secretário-geral da organização, António Guterres, que discordaram sobre o assunto.

Em mensagem enviada aos líderes mundiais, Guterres defendeu que os migrantes deveriam ter os direitos garantidos e receber tratamento digno.

Guterres, que não citou qualquer país, lamentou o fechamento de portos e defendeu um reforço na cooperação internacional, para garantir um processo mais seguro e ordenado, além de combater as redes criminosas de tráfico de pessoas.

"Em um momento em que há números recorde de refugiados e deslocados internos em movimento, a solidariedade desaparece", lamentou.

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O português classificou como crueldade a separação de famílias e o ataque ao direito de asilo.

"Temos que restabelecer a integridade do regime internacional de proteção de refugiados e cumprir com as promessas de divisão de responsabilidades, incluída no Pacto Global pelos Refugiados", afirmou.

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O secretário-feral das Nações Unidas ainda se posicionou contra o uso político de alguns líderes, que se aproveitam da desconfiança da população e alimentam os temores.

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"Aos que insistem na opressão ou na divisão, eu digo: a diversidade é uma riqueza, nunca uma ameaça", garantiu.

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No discurso, Guterres também abordou a situação das mulheres, defendendo a igualdade de gênero e cobrando a proteção de direitos.

"É uma questão de poder, e o poder segue de forma arrasadora com os homens", concluiu o diplomata português.

Trump pediu fim da imigração ilegal

Depois, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou as políticas de "fronteiras abertas" e pediu ao mundo o fim da imigração ilegal, defendendo as "medidas sem precedentes" que estão sendo tomadas pelo próprio governo.

Trump citou a imigração ilegal como um dos desafios "mais críticos" do mundo e acusou os defensores da liberdade de movimento dos migrantes de estarem ajudando traficantes de pessoas e redes criminosas.

O governante americano elogiou a cooperação de países vizinhos no âmbito da migração, com agradecimentos especiais às iniciativas do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

"Quero agradecer ao presidente López Obrador pela grande cooperação que estamos recebendo e por colocar, atualmente, 27 mil tropas na nossa fronteira sul", disse Trump.

"México está mostrando um grande respeito por nós, e eu os respeito de volta", acrescentou.

Durante o discurso na Assembleia da ONU, Trump aproveitou para deixar uma mensagem direita para aqueles que pretendem entrar no Estados Unidos de maneira ilegalmente.

"Escutem essas palavras: não pague a traficantes, não pague a coiotes, não se coloque em risco, não coloque suas crianças em risco. Porque, se chegar aqui, não será permitido que entre, você vai voltar rapidamente para casa e não será colocado em liberdade no país", ameaçou.

"Enquanto eu for presidente dos Estados Unidos, vamos aplicar as nossas leis e proteger as nossas fronteiras", completou.

Trump dedicou vários minutos do discurso diante dos líderes mundiais na ONU à migração, garantindo que os fluxos ilegais criam problemas não só para os países em que as pessoas chegam, mas também para os de origem e, especialmente, para os próprios refugiados.

"A migração ilegal em massa é injusta, insegura e insustentável para todos os envolvidos", disse.

O presidente americano acusou aos "ativistas das fronteiras abertas", como classificou, de estarem ajudando organizações criminosas e colocando em perigo as vidas de pessoas inocentes.

"Quando se mina a segurança fronteiriça, se minam os direitos e a dignidade humana", concluiu.

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