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Divididos, catalães se preparam para escolher novo governo 

Expectativa é de que eleição resolva a pior crise na Espanha em décadas

Internacional|Do R7

Separatismo ajudou a prejudicar a taxa de ocupação dos hotéis
Separatismo ajudou a prejudicar a taxa de ocupação dos hotéis

A Catalunha vota na quinta-feira para escolher um novo governo, e muitos esperam que a eleição resolva a pior crise enfrentada pela Espanha em décadas desde que a região declarou independência, levando Madri a destituir líderes locais.

Pesquisas levam a crer que nem o campo pró-separação nem o pró-união conquistará uma maioria. O desfecho provável é um Parlamento regional sem maioria e muitas semanas de disputas para formar um novo governo.

No centro rural e separatista da Catalunha, o bombeiro Josep Sales diz esperar que as urnas confirmem o resultado do referendo de 1º de outubro sobre a independência da Espanha, que levou à criação de uma república.

"Se conseguirmos uma maioria, algo terá que ser feito. E se os políticos não o fizerem, o povo se unirá", disse, falando do quartel de bombeiros da cidade, onde muitos dos caminhões traziam o slogan 'Olá, Democracia'.


"Se tivermos que paralisar o país, que seja", disse Sales, de 45 anos, que pretende votar em Carles Puigdemont, o líder catalão destituído que está fazendo campanha eleitoral em seu exílio voluntário na Bélgica.

A incerteza provocada pela iniciativa separatista prejudicou a taxa de ocupação dos hotéis da região, diminuiu as vendas ao consumidor e induziu mais de 3 mil empresas a retirarem suas sedes da Catalunha.


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A crise também dividiu a sociedade catalã entre aqueles que apóiam a independência e aqueles que preferem a união com a Espanha.


"Todos estão ansiosos pela eleição e para ver no que ela vai dar, porque nada está claro no momento", disse Maria Gonzalez, professora de flamenco de 34 anos que mora em Cerdanyola del Valles, um subúrbio industrial de Barcelona.

"O sentimento nas ruas não é agradável", opinou Maria, filha de migrantes de outras partes do país que se mudou para a Catalunha décadas atrás e que planeja votar pelo partido pró-união Ciudadanos.

"Há uma tensão oculta".

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