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Eleição de senadores na Geórgia pode definir presidência de Biden

Em meio à recusa de Trump para reconhecer a vitória de Joe Biden, duas vagas no Senado ainda estão abertas e serão decididas em 5 de janeiro

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Disputa por vagas da Geórgia no Senado ainda está em aberto
Disputa por vagas da Geórgia no Senado ainda está em aberto

Duas semanas após a eleição presidencial dos EUA, o presidente Donald Trump ainda não reconheceu a derrota para o presidente eleito, Joe Biden. Com o processo de transição atrasado, o Partido Republicano tem decisões importantes a tomar, já que no dia 5 de janeiro haverá uma votação que pode determinar os próximos 4 anos da política norte-americana.

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Nesse dia, acontecerá um segundo turno para decidir as duas vagas do Estado da Geórgia no Senado. O republicano David Perdue concorrerá contra o democrata Jon Ossoff na eleição regular e a republicana Kelly Loeffler disputará uma eleição especial contra o democrata Raphael Warnock.

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Os dois representantes republicanos são os atuais ocupantes dos cargos, mas se os democratas conseguirem vencer, garantirão o controle do Senado para seu partido, que além do presidente eleito conseguiu manter sua maioria na Câmara dos Representantes.


No caso da eleição especial entre Loeffler e Warnock, os dois disputam para ocupar o cargo até concluir o mandato do senador Johnny Isakson em 2023. Ele abandonou o Senado no fim de 2019, por questões de saúde, e deixou o cargo desocupado.

A Geórgia ainda precisa realizar uma recontagem manual dos votos para a eleição presidencial, que teve uma vitória muito apertada de Biden, em um Estado onde os democratas não venciam desde que Bill Clinton foi eleito pela primeira vez, em 1992.


Disputa apertada pelo Senado

A apuração dos votos da eleição do último dia 3 mostrou um crescimento democrata no Senado. O partido tem no momento 48 das cadeiras, contra 50 dos republicanos. Caso Warnock e Ossoff vençam na Geórgia, garantem um empate entre os dois partidos.

Geórgia ainda terá a recontagem de votos e uma nova eleição
Geórgia ainda terá a recontagem de votos e uma nova eleição

"É dessa votação que sairá o resultado final da composição dessa casa. Se os democratas vencerem, garantem metade dos votos do Senado e quem desempata é a vice-presidente (Kamala Harris)", explica Lucas Leite, professor de Relações Internacionais da FAAP-SP.


Com o controle das duas casas do Legislativo, Biden teria muito mais facilidade para implementar suas políticas. No mandato de Trump, o fato de os democratas terem dominado a Câmara fez com que as votações de projetos precisassem de mais negociação e resultou até mesmo no processo de impeachment, do qual ele foi absolvido no início deste ano pela maioria republicana do Senado.

"Os republicanos ainda têm força e poderão se tornar um grande obstáculo ao presidente eleito no Senado", afirma Leite. Para ele, a vitória de Biden e a boa votação dos candidatos democratas ao Senado na Geórgia indicam uma "tendência" de que o Estado possa dar um bom resultado ao partido. "Mas as diferenças ainda são muito pequenas", ressalta.

Para o professor, o reconhecimento da derrota por parte de Trump ainda deve ocorrer. "Imagino que sim, porque ele não tem apoio pra fazer outra coisa. Por isso tenta atrapalhar o processo e questiona-o tanto. Acho que Trump pode tentar estender ao máximo esse tempo antes de reconhecer", analisa.

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