Eleitores turcos vão às urnas para eleger o presidente do país
Atual presidente, Recep Erdogan, conseguiu 49,52% dos votos no 1º turno; Kemal Kiliçdaroglu tenta tirar a diferença de cinco pontos
Internacional|Do R7
Os eleitores turcos vão às urnas, neste domingo (28), para eleger o presidente do país. Estão na disputa do 2º turno o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, e o candidato da oposição, Kemal Kiliçdaroglu.
No 1º turno, realizado em 14 de maio, Erdogan obteve 49,5% dos votos. Kemal Kiliçdaroglu ficou com 44,9% dos votos.
Erdogan está no poder há 20 anos e busca mais um mandato de 5 anos. Essa é a primeira vez que sua vitória não foi alcançada no primeiro turno da eleição.
Às vesperas da disputa, o líder turco conseguiu o apoio do terceiro colocado, o nacionalista Sinan Ogan, que conseguiu 5,2% dos votos.
Kemal é o candidato de uma coalizão de seis partidos de oposição. Seu desafio é conseguir tirar a diferença de 5 pontos.
Os eleitores jovens, parcela da população que viveu apenas em uma Turquia comandada por Erdogan, e as mulheres são os votos que podem fazer a diferença no resultado das urnas.
A coalizão de Erdogan conseguiu manter o controle do Parlamento, mas perdeu quase 20 cadeiras.
"É provável que o presidente se aproveite do seu forte índice de aprovação, sua surpreendente vitória no Parlamento e a vantagem que o seu cargo lhe dá para assegurar uma reeleição", apontou Emre Peker, da consultoria Eurasia Group.
Governo Erdogan
O governo Erdogan foi marcado por um grande avanço econômico do país. Desde 2003, o país teve uma guinada autoritária e recebe críticas por desrespeitar a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
Atualmente, os turcos enfretam um grave crise econômica, com uma inflação que passa dos 40% ao ano. No dia seguinte do resultado da eleição, a lira turca atingiu o seu valor mínimo frente ao dólar.
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"Acreditamos que a Turquia possui um grande risco de aumentar sua instabilidade macroeconômica", apontou a consultoria Capital Economics.
No início deste ano, Erdogan recebeu críticas pela forma como atuou após o forte terremoto que atingiu os país. O tremor de terra matou mais de 50 mil pessoas. A tragédia também é considerada um fator que prejudicou o desempenho da economia.
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